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Economia

- Publicada em 31 de Agosto de 2016 às 17:21

Taxas longas de juros fecham em baixa com confirmação do impeachment de Dilma

Agência Estado
Os juros futuros fecharam a sessão desta quarta-feira histórica, dia 31, em queda firme nos prazos mais longos, enquanto os de curto e médio prazos terminaram perto da estabilidade. O principal fator a explicar o recuo dos contratos longos foi a confirmação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado.
Os juros futuros fecharam a sessão desta quarta-feira histórica, dia 31, em queda firme nos prazos mais longos, enquanto os de curto e médio prazos terminaram perto da estabilidade. O principal fator a explicar o recuo dos contratos longos foi a confirmação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado.
Os contratos de curto e médio prazo pouco oscilaram, à espera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta noite, para o qual o consenso permanece sendo de estabilidade da Selic em 14,25% ao ano.
A final da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2017 (148.305 contratos) fechou em 14,020%, de 14,015% no ajuste de terça-feira, 30. O DI janeiro de 2018 (156.430 contratos) encerrou em 12,78%, de 12,77% no último ajuste. O DI janeiro de 2019 (143.025 contratos) caiu de 12,28% para 12,21%. O DI janeiro de 2021 (154.050 contratos) terminou na mínima de 12,04%, de 12,17% ontem, e o DI janeiro de 2023 (47.910 contratos) também fechou na mínima, de 12,12%, de 12,24%.
Embora a aposta na saída de Dilma viesse sendo alimentada há meses pelo mercado, houve espaço adicional para reação em queda das taxas longas até porque a confirmação deve destravar a entrada de recursos de muitos fundos, principalmente estrangeiros, que estavam aguardando a definição, para a renda fixa.
O dia, contudo, foi de bastante volatilidade. As taxas longas estavam em baixa pela manhã, mas no final da manhã reduziram o ímpeto, na medida em que o dólar passou a subir. Logo após a divulgação do resultado da votação do impeachment por uma larga margem - foi aprovado por 61 votos a favor e 20 contrários -, as taxas voltaram a acelerar a queda e bateram mínimas.
Posteriormente, devolveram o movimento após os senadores rejeitarem a ilegibilidade de Dilma, dada a reação negativa do PSDB ao fato. Na reta final da etapa regular, os investidores minimizaram esse risco e o recuo voltou a ganhar força, colocando as taxas novamente nas mínimas. Também teria favorecido essa trajetória o fato de o dólar ter se firmado em baixa a partir do meio da tarde.
Antes da oficialização do impeachment, o cenário externo mais pesado também teria colaborado para limitar o recuo das taxas, com perdas nas commodities e ações. A possibilidade de uma alta em setembro dos juros norte-americano, às vésperas da divulgação do payroll de agosto na sexta-feira, 2, continua impondo cautela aos mercados.
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