Após queda de ontem, futuros de petróleo ensaiam recuperação

Os futuros de petróleo operam em alta moderada na manhã desta terça-feira (30), com os preços baixos atraindo demanda, mas os mercados continuam pressionados por preocupações com o excesso de oferta e incertezas sobre um eventual acordo para congelar a produção da commodity.

Após caírem mais de 1% na sessão anterior, o petróleo ensaia recuperação, embora os volumes de negócios tenham diminuído.

Segundo Olivier Jakob, analista da Petromatrix, o recente rali do petróleo foi alimentado por cobertura de posições vendidas, numa operação em que os investidores recompram contratos de petróleo que foram vendidos a preços mais elevados. Agora que esse processo chegou ao fim, a commodity busca direção, avalia Jakob.

Outros observadores, por sua vez, acreditam que as cotações do petróleo atingiram o pico, por enquanto, e que a commodity tende a ficar na defensiva à medida que fatores de baixa comecem a pressionar os mercados.

Enquanto isso, continua a especulação sobre a possibilidade de um eventual acordo para limitar a produção de petróleo. No fim de setembro, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) vai promover um encontro informal para discutir formas de estabilizar os mercados. Há dúvidas, no entanto, de que a iniciativa levará de fato a um acordo, uma vez que países prejudicados por desastres naturais ou tumultos políticos, como Nigéria e Líbia, podem relutar em congelar a produção.

No final da tarde, a associação de refinarias conhecida como American Petroleum Institute (API) divulga sua pesquisa semanal sobre estoques de petróleo dos EUA. O levantamento oficial, do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) norte-americano, será publicado amanhã.

Às 7h50min (de Brasília), o petróleo Brent para novembro, que já é o mais líquido na IntercontinentalExchange (ICE), subia 0,38%, a US$ 49,64 por barril, enquanto o contrato para outubro tinha alta de 0,51%, a US$ 49,51 por barril. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para entrega em outubro avançava 0,70%, a US$ 47,31 por barril.