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Economia

- Publicada em 29 de Agosto de 2016 às 09:53

Mercado prevê mais inflação e melhora no PIB, na pesquisa Focus

Agência Estado
No primeiro Relatório de Mercado Focus divulgado após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de agosto, os economistas do mercado financeiro elevaram as previsões para a inflação tanto em 2016 quanto em 2017. Para 2017, que é o foco do Banco Central, o mercado segue projetando um cenário de inflação menor, mas desta vez a estimativa subiu de 5,12% para 5,14%. Há quatro semanas, estava em 5,20%. A projeção para a inflação oficial neste ano, medida pelo IPCA, subiu de 7,31% para 7,34%. Um mês antes, estava em 7,21%.
No primeiro Relatório de Mercado Focus divulgado após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de agosto, os economistas do mercado financeiro elevaram as previsões para a inflação tanto em 2016 quanto em 2017. Para 2017, que é o foco do Banco Central, o mercado segue projetando um cenário de inflação menor, mas desta vez a estimativa subiu de 5,12% para 5,14%. Há quatro semanas, estava em 5,20%. A projeção para a inflação oficial neste ano, medida pelo IPCA, subiu de 7,31% para 7,34%. Um mês antes, estava em 7,21%.
Na última quarta-feira (24), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 em agosto subiu 0,45%. Foi menos que o 0,54% de elevação de julho e a taxa ficou próxima da mediana de 0,46% esperada pelo mercado. No acumulado de 12 meses, porém, o IPCA-15 de agosto atingiu 8,95%, num claro sinal de que a inflação segue resistente. A meta perseguida pelo Banco Central em 2016 e 2017 é de 4,5% para o IPCA, com tolerância de 2 pontos porcentuais para este ano e 1,5 ponto para o próximo.
Na pesquisa Focus, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do índice no médio prazo, denominadas Top 5, as medianas das projeções para este ano melhoraram, passando de 7,51% para 7,45%. Para 2017, permaneceram em 5,25%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de, respectivamente, 7,16% e 4,97%.
Já a inflação suavizada 12 meses a frente voltou a ceder, passando de 5,34% para 5,32% de uma semana para outra - há um mês, estava em 5,55%. Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para agosto apresentou alta considerável, de 0,33% para 0,42%. Um mês antes, estava em 0,30%. No caso de setembro, a previsão subiu de 0,35% para 0,36%. Há quatro semanas, era de 0,35%.
O Relatório de Mercado Focus voltou a mostrar mudanças nas projeções para os preços administrados em 2016. A mediana das previsões do mercado financeiro para este indicador este ano passou de alta de 6,10% para avanço de 6,20%. Para o próximo ano, a mediana permaneceu indicando alta de 5,30%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 6,25% para os preços administrados em 2016 e elevação de 5,42% em 2017.
O BC contava com forte desinflação desse segmento para levar o IPCA para o intervalo de 4,5% a 6,5% em 2016 - uma perspectiva que vai ficando distante, pelos dados do Focus. O dólar mais baixo também vinha colaborando. Em suas comunicações, o BC enfatizou ainda que a retração econômica pode ajudar no processo de desinflação. Por outro lado, disse que a inflação corrente e as expectativas, ambas elevadas, seguram este processo.
Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), a instituição projetou uma variação de 6,6% para os preços administrados em 2016 e de 5,3% para 2017.
O Relatório de Mercado Focus mostrou que a mediana do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de 2016 passou de 7,69% para 7,74% da última semana para esta. Há um mês, estava em 8,48%. Para o ano que vem, a mediana das previsões permaneceu em 5,50%. Quatro levantamentos atrás, essa previsão para 2017 estava em 5,55%.
Os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas. Outro índice, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, passou de 8,04% para 8,17% nas projeções dos analistas para 2016. Quatro levantamentos antes estava em 8,62%. Para 2017, as previsões mostraram elevação de 5,51% para 5,57% - um mês atrás estava em 5,70%.
A mediana das previsões para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (IPC-Fipe) de 2016 caiu esta semana, de 7,47% para 7,46%. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 7,49%. Já para 2017, as expectativas para a inflação de São Paulo foram de 5,20% para 5,23%, ante 5,30% de um mês antes.

Retração do PIB em 2016 passa de 3,20% para 3,16% 

As projeções desta semana não mostraram alteração relevante nas expectativas para a atividade do Brasil em 2016. Os dados continuam mostrando uma forte recessão neste ano, segundo divulgação do Banco Central (BC). Pelo documento, as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) indicaram retração de 3,16%, pouco melhor que o recuo de 3,20% projetado uma semana antes. Há um mês, o mercado previa uma queda de 3,24%.
Para 2017, o cenário é um pouco melhor, com perspectiva de PIB positivo. O mercado previu para o País, conforme o relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 29, um crescimento de 1,23% no próximo ano, acima do 1,20% de alta projetado uma semana antes. Há um mês, estava em 1,10%.
Em junho, o BC informou no Relatório Trimestral de Inflação que sua nova estimativa para o PIB deste ano era de retração de 3,3%, ante baixa de 3,5% vista na edição anterior do documento. No caso de 2017, a estimativa do Ministério da Fazenda, atualizada há duas semanas, é de 1,6% de crescimento. Antes, estava em 1,2%. Essa nova estimativa constará no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), a ser apresentado ao Congresso até o fim deste mês.
No relatório Focus, as estimativas para a produção industrial ainda sugerem um cenário difícil. A queda prevista para este ano passou de 5,95% para 5,98%. Para 2017, a projeção de alta da produção industrial foi de 1,05% para 0,50%. Há um mês, as expectativas para a produção industrial estavam em recuo de 5,95% para 2016 e alta de 0,75% para 2017.
Já as projeções para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para este ano passaram de 45,25% para 45,00%. Um mês atrás, estava em 44,55%. Para 2017, as expectativas no boletim Focus foram de 49,65% para 49,10%, ante projeção apontada um mês atrás de 49,00%.
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