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Trabalho

- Publicada em 25 de Agosto de 2016 às 18:30

Brasil eliminou 94,7 mil vagas de emprego formal no mês passado

Setor de serviços foi o que mais demitiu em julho, com 40,4 mil postos cortados

Setor de serviços foi o que mais demitiu em julho, com 40,4 mil postos cortados


gabriela di bella/arquivo/jc
O mercado de trabalho brasileiro iniciou o segundo semestre com resultado negativo e completou o 16º mês consecutivo de demissões superiores a contratações. O País fechou 94,7 mil postos de trabalho em julho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho.
O mercado de trabalho brasileiro iniciou o segundo semestre com resultado negativo e completou o 16º mês consecutivo de demissões superiores a contratações. O País fechou 94,7 mil postos de trabalho em julho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho.
Apesar de as demissões persistirem, a quantidade de vagas encerradas foi menor que em julho do ano passado, quando foram fechadas mais de 150 mil vagas.
Para o Ministério do Trabalho, esse resultado mostra uma "recuperação gradual da economia". O ministro da pasta, Ronaldo Nogueira, avalia que, no segundo semestre, as contratações podem superar as demissões.
Mesmo com a melhora do resultado no mês passado, as demissões acumuladas de janeiro a julho representam o pior resultado da série histórica do governo, que começa em 2002. As demissões superaram as contratações em 623,5 mil vagas nos sete primeiros meses deste ano.
No mesmo período do ano passado, a quantidade de vagas fechadas era de 485 mil. Nos demais anos, as contratações superaram as demissões de janeiro a julho.
No acumulado dos últimos 12 meses, o País encerrou julho com 1.706.459 vagas formais a menos, considerando dados com ajuste.
Apesar de a maioria dos setores da economia ter demitido mais trabalhadores do que contratou, a agricultura abriu 4,25 mil postos de trabalho no mês passado. A administração pública também contratou 237 pessoas a mais do que demitiu.
O setor de serviços, por outro lado, foi o que mais demitiu: 40,4 mil postos fechados só no mês de julho. Em seguida, aparece a construção civil, com o fechamento de 27,7 mil vagas. O encerramento de vagas no comércio somou 16,2 mil e na indústria de transformação, 13,3 mil.
No recorte geográfico, cinco estados apresentaram incremento no nível de emprego formal, com destaque para Mato Grosso ( 2.016 postos ou 0,30%). Os maiores recuos ocorreram em Minas Gerais (-5.345 postos ou -0,38%), São Paulo (-13.795 postos ou -0,11%) e Rio Grande do Sul (-12.166 postos ou -0,47%).

TABELA TÍTULO Saldo do emprego celetista - Julho de 2015 a julho de 2016

Julho/2015 - 149.357
Agosto/2015 -77.800
Setembro/2015 -88.205
Outubro/2015 -167.729
Novembro/2015 -134.788
Dezembro/2015 -614.417
Janeiro/2016 -95.021
Fevereiro/2016 -98.333
Março/2016 -117.265
Abril/2016 -59.416
Maio/2016 -69.702
Junho/2016 -89.059
Julho/2016 -94.724
FONTE: Caged/MTb