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Economia

- Publicada em 25 de Agosto de 2016 às 13:19

Receita com e-commerce no Brasil cresceu 290% em 2014 no Brasil

Vendas pela internet movimentaram R$ 30,2 bilhões em 2014, crescimento real de 290,4%

Vendas pela internet movimentaram R$ 30,2 bilhões em 2014, crescimento real de 290,4%


MARCO QUINTANA/JC
Estadão Conteúdo
As vendas pela internet no Brasil tiveram um salto nos anos recentes. A receita bruta de quem atua no setor passou de R$ 7,7 bilhões em 2007 para R$ 30,2 bilhões em 2014, já descontados os efeitos da inflação, crescimento real de 290,4%. No mesmo período, a receita bruta do comércio com as televendas cresceu 236,3% e a receita bruta do comércio varejista como um todo aumentou 86,5%.
As vendas pela internet no Brasil tiveram um salto nos anos recentes. A receita bruta de quem atua no setor passou de R$ 7,7 bilhões em 2007 para R$ 30,2 bilhões em 2014, já descontados os efeitos da inflação, crescimento real de 290,4%. No mesmo período, a receita bruta do comércio com as televendas cresceu 236,3% e a receita bruta do comércio varejista como um todo aumentou 86,5%.
Os dados fazem parte da Pesquisa Anual de Comércio (PAC), divulgada nesta quinta-feira (25) pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto e-commerce teve salto, as vendas em geral do setor tiveram alta de 7,3%, menor crescimento desde 2009, quando, em meio à crise econômica mundial, o índice registrou 4,4% de aumento. Em 2014, Copa do Mundo e eleições não ajudaram a mudar a tendência do setor.
Há dois anos havia 1,6 milhão de empresas no comércio, que movimentaram R$ 3 trilhões em receita operacional líquida. Segundo o IBGE, a alta de 7,3% ante 2013 foi impulsionada, principalmente, pela receita do atacado. Já o crescimento de 3,3% no número de pessoas empregadas - que atingiu 10,7 milhões de trabalhadores - e de 8,1% na massa salarial - que chegou a R$ 186,3 bilhões pagos em salários, - foram impulsionados pelo varejo.
Luiz Andrés Paixão, gerente da pesquisa realizada pelo IBGE, explica que o crescimento do setor foi impactado positivamente pela Copa, mas devido ao começo da crise econômica esse efeito não foi tão grande. "Os resultados de 2014 mostram que o comércio cresceu menos, ainda não foi um ano tão ruim, mas fica claro uma perda de dinamismo apesar de ter tido eleição e eventos", analisa.
Mesmo com a desaceleração, o gerente apontou o comércio varejista como um dos principais beneficiados pela Copa e pelas eleições. Em 2014, o varejo aumentou de 42,5% para 43,4% sua participação no total da receita operacional líquida do setor e respondeu por 73,7% das pessoas ocupadas e por 62,9% da massa salarial.
A participação do atacado na receita total caiu de 44,6% para 44,4%, mas ainda é o principal responsável pelo crescimento de 7,3% das receitas em 2014. As empresas atacadistas representam 12% do comércio e são responsáveis por 26,6% da massa salarial do setor. Já o comércio de veículos automotores, peças e motocicletas representa 9,2% das empresas, 10,5% dos salários e 12,2% da receita total do setor.

Estabelecimentos menores empregam mais

O comércio brasileiro empregou 10,7 milhões de pessoas em 2014, em 1,6 milhão de empresas - 3,3% a mais do que em 2013 -, informou a PAC. Os estabelecimentos com até 19 funcionários foram responsáveis por 5,7 milhões de trabalhadores, mais da metade do total. Em 2014, essas companhias representavam 96,3% das empresas do setor e respondiam por R$ 70,9 bilhões dos salários e remunerações, o equivalente a 38,1% do total.
Segundo Luiz Andrés Paixão, a representatividade das empresas menores é uma característica do comércio brasileiro. No entanto, o gerente lembra que, mesmo com a maior massa salarial, essas empresas não representam a maior receita líquida operacional. "Tem muita empresa pequena, elas estão espalhadas em todo o País. São pequenas revendas, que empregam bastante, mas os salários são baixos. As grandes empresas são as que geram muita receita", explica.
As empresas que ocuparam 500 ou mais pessoas foram as que registraram as maiores receitas operacionais líquidas: R$ 949,9 bilhões, 31,8% do total de R$ 3 trilhões. Os negócios que empregam até 19 pessoas foram responsáveis por 27,1%, com R$ 808,4 bilhões de receita gerada.
Em 2014, o salário médio dos empregados do comércio era de R$ 1.340, 4,7% maior do que o registrado em 2013, conforme a PAC do IBGE. O destaque foi o varejo, que teve crescimento de 6,8%. No entanto, o segmento apresentou o menor salário médio mensal: R$ 1.143. O ramo atacadista registrou a maior média, com R$ 2.058, seguido do comércio de veículos automotores, peças e motocicletas, com R$ 1.574.
O varejo também foi o responsável pela maior parte de salários, retiradas e outras remunerações, com R$ 117,2 bilhões - 62,9% do total. O comércio por atacado representou 26,6% e o comércio de veículos automotores, peças e motocicletas, 10,5%. Em comparação com 2013, a massa salarial do comércio apresentou um crescimento real de 8,1%.
A representatividade do comércio varejista na massa salarial está relacionada ao fato de o segmento representar, em 2014, 78,8% das empresas do setor, com 1,3 milhão de estabelecimentos, e empregar 7,9 milhões de pessoas. No mesmo período, o ramo atacadista representava 12% das empresas do comércio; já as empresas que atuaram majoritariamente no comércio de veículos automotores, peças e motocicletas representaram 9,2% do total das empresas comerciais.
Os hipermercados e supermercados foram os principais empregadores do ramo varejista, com 1,2 milhão de pessoas ocupadas e R$ 19,9 bilhões de massa salarial.
A receita operacional líquida do comércio aumentou 7,3% em relação a 2013, movimentando R$ 3 trilhões. O varejo foi o único segmento que aumentou sua participação na receita total, passando de 42,5% para 43,4%. No entanto, o segmento continua atrás do comércio atacadista, que viu sua participação no total da receita cair de 44,6% para 44,4%. Já a participação do comércio de veículos automotores, peças e motocicletas caiu de 13% para 12,2%.
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