Os preços dos alimentos subiram menos em agosto, mas ainda exerceram a maior pressão sobre a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15). A alta no grupo alimentação e bebidas saiu de 1,45% em julho para 0,78% em agosto. Ainda assim, os alimentos foram responsáveis por 44% da inflação deste mês, o equivalente a 0,20 ponto percentual da taxa de 0,45% registrada pelo IPCA-15 de agosto, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é considerado uma prévia da inflação oficial do País.
O indicador se refere às famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas de Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. Os maiores aumentos nos alimentos foram registrados nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (1,31%), Rio de Janeiro (1,15%) e Fortaleza (1,10%). A alta menos acentuada foi na Região Metropolitana do Recife (0,32%).
O feijão carioca desacelerou a alta de 58,06% em julho para 4,74% em agosto. Ficaram mais baratas a cebola (-22,81%), a batata-inglesa (-18%) e as hortaliças (-9,01%). A tarifa de energia elétrica recuou 1,87% e ajudou a reduzir em 0,02% as despesas das famílias com habitação.
Quatro entre nove grupos que integram o IPCA-15 registraram taxas de variação menores na passagem de julho para agosto. Os resultados deste mês também foram menores em vestuário (de -0,08% para -0,13%), habitação (de 0,04% para -0,02%) e transportes (de 0,17% para 0,10%).
A alta mais acentuada foi em educação, que passou de 0,10% em julho para 0,90% em agosto, sob pressão dos reajustes de cursos regulares (0,97%) e cursos diversos (1,13%). Os demais aumentos foram verificados em artigos de residência (de 0,27% em julho para 0,34% em agosto), saúde e cuidados pessoais (de 0,56% para 0,87%), despesas pessoais (de 0,52% para 0,85%) e comunicação (de 0,00% para 0,01%).