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Economia

- Publicada em 23 de Agosto de 2016 às 22:41

Pesquisas buscam soluções limpas no manejo de pragas

Sant'Ana destaca o potencial do mercado de produção orgânica

Sant'Ana destaca o potencial do mercado de produção orgânica


JONATHAN HECKLER/JC
Desde 2008, o Brasil lidera o ranking mundial de consumo de agrotóxicos e, nos últimos 10 anos, o mercado mundial cresceu 93%. De acordo com dados divulgados pela Anvisa, em 2013, 64% dos alimentos brasileiros estavam contaminados por agrotóxicos. A mudança de mercado não está somente nas mãos dos agricultores, mas sim na proposição de incentivos governamentais e na demanda dos próprios consumidores: com o aumento de espaço para produtos orgânicos ou com menos resíduo de agrotóxicos, a necessidade de ferramentas mais racionais e sustentáveis vai aumentar de forma exponencial. Isso é o que defende Josué Sant'Ana, professor doutor associado II na Faculdade de Agronomia da Ufrgs. "Não devemos criminalizar o agricultor, ele está inserido dentro deste sistema. O número de pesquisadores que estudam ferramentas de controle de pragas mais limpas ainda é pequeno em relação à necessidade do mercado", explica. Ele acrescenta que o número de empresas que disponibilizam estas ferramentas ainda é pequeno no Brasil.
Desde 2008, o Brasil lidera o ranking mundial de consumo de agrotóxicos e, nos últimos 10 anos, o mercado mundial cresceu 93%. De acordo com dados divulgados pela Anvisa, em 2013, 64% dos alimentos brasileiros estavam contaminados por agrotóxicos. A mudança de mercado não está somente nas mãos dos agricultores, mas sim na proposição de incentivos governamentais e na demanda dos próprios consumidores: com o aumento de espaço para produtos orgânicos ou com menos resíduo de agrotóxicos, a necessidade de ferramentas mais racionais e sustentáveis vai aumentar de forma exponencial. Isso é o que defende Josué Sant'Ana, professor doutor associado II na Faculdade de Agronomia da Ufrgs. "Não devemos criminalizar o agricultor, ele está inserido dentro deste sistema. O número de pesquisadores que estudam ferramentas de controle de pragas mais limpas ainda é pequeno em relação à necessidade do mercado", explica. Ele acrescenta que o número de empresas que disponibilizam estas ferramentas ainda é pequeno no Brasil.
Conforme Sant'Ana, a maioria das pessoas ainda não está preparada para essa mudança, pois o agrotóxico é invisível e, às vezes, a produção orgânica gera produtos com manchas ou não tão uniformes e bonitos, o que afasta os compradores. Mesmo assim, esse cenário não tira o otimismo dele. "Hoje em dia, o mercado mundial da produção integrada e orgânica é fantástico, está crescendo em linhas de pesquisa e culturas." Para ele, um dos grandes problemas da agricultura, em relação às pragas, é o uso excessivo de agrotóxicos e o manejo inadequado do habitat, o que, entre outros fatores, desfavorece a presença de organismos benéficos. O professor, graduado em Ciências Biológicas e doutor em Fitotecnia, esclarece que, muitas vezes, o produtor não tem outras ferramentas confiáveis para o controle de pragas. Pensando em mudar essa situação, o Laboratório de Etologia e Ecologia Química de Insetos da Ufrgs realiza projetos de pesquisas que investigam outras possibilidades para o manejo de pragas, principalmente para o produtor orgânico.
O professor desenvolve pesquisas na área de bioecologia associada a agroecossistemas, principalmente quanto ao uso de feromônios, substâncias químicas usadas no manejo e controle de insetos. O trabalho do laboratório, coordenado por ele, tem como objetivo minimizar o uso de agrotóxicos para controlar as pragas com a substituição por ferramentas mais sustentáveis, que não agridam o meio ambiente. Junto às professoras doutoras Simone Mundstock Jahnke e Luiza Rodrigues Redaelli, alunos de iniciação científica, mestrandos e doutorandos, ele desenvolve diferentes projetos paralelamente, mas que estão relacionados à mesma linha de pesquisa do laboratório. Em grupos, os estudantes trabalham com parcerias, como, por exemplo, com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Emater. Os temas dos projetos resultam da união de interesses com essas instituições e também do contato com os agricultores, que contribuem com demandas e dificuldades que enfrentam no dia a dia.
Veja abaixo a lista dos premiados do ano e clique nos links para acessar seus perfis
PRÊMIO ESPECIAL
Maurício Miguel Fischer
CADEIAS DE PRODUÇÃO E ALTERNATIVAS AGROPECUÁRIAS
Alencar Junior Zanon
Jamir Silva da Silva
Antônio Ricardo Panizzi
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Carlos Nabinger
Josué Sant'Ana
Laboratório de Fixação de Nitrogênio FEPAGRO
INOVAÇÃO, TECNOLOGIA RURAL e EMPREENDEDORISMO
Yara Suñé
Departamento de horticultura e silvicultura FA-Ufrgs
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