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Economia

- Publicada em 22 de Agosto de 2016 às 13:51

Reconhecimento de ganhos de R$ 17 bilhões é positivo para a Eletrobras, diz Moody's

Agência Estado
A Moody's considerou o reconhecimento de R$ 17 bilhões em ganhos extraordinários feito pela Eletrobras em seu balanço do segundo trimestre como positivo do ponto de vista de crédito. A estatal elétrica contabilizou o valor tendo em vista as indenizações que deve receber ao longo dos próximos oito anos, a partir de 2017, por ativos de transmissão anteriores a 2000 e não amortizados até o momento da renovação das concessões, em 2012.
A Moody's considerou o reconhecimento de R$ 17 bilhões em ganhos extraordinários feito pela Eletrobras em seu balanço do segundo trimestre como positivo do ponto de vista de crédito. A estatal elétrica contabilizou o valor tendo em vista as indenizações que deve receber ao longo dos próximos oito anos, a partir de 2017, por ativos de transmissão anteriores a 2000 e não amortizados até o momento da renovação das concessões, em 2012.
Em abril, o Ministério de Minas e Energia publicou uma portaria com os critérios para a atualização monetária e o recebimento dessas indenizações, o que fez a Eletrobras e outras empresas de transmissão reconhecerem os valores no balanço do 2º trimestre. Pelas regras estabelecidas pelo governo, os valores a receber serão incorporados nas tarifas, a partir do ciclo tarifário de 2017, por oito anos.
Pelos cálculos da Moody's, o caixa consolidado anual das operações da Eletrobras antes de mudanças no capital de giro vai aumentar R$ 3,1 bilhões pelos próximos oito anos, assumindo um imposto de renda de 34%. "A melhora no fluxo de caixa é material porque se compara com o caixa consolidado das operações antes do capital de giro de R$ 2,6 bilhões em 2015".
O Ebitda da estatal alcançou R$ R$ 21,3 bilhões no primeiro semestre deste ano, impulsionado pelo reconhecimento de ganhos com a indenização de R$ 25,8 bilhões, comparado com os R$ 907 milhões do mesmo período de 2015.
A agência de classificação de risco lembrou que a indenização deve totalizar R$ 33,8 bilhões. O valor líquido de R$ 17 bilhões deriva do valor bruto a ser recebido menos o valor histórico desses ativos já anotado em balanço, de R$ 7,9 bilhões, e de descontos de R$ 8,8 bilhões de impostos.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já homologou os valores de indenização de três de suas quatro subsidiárias que detém ativos de transmissão. Falta definir o valor devido à Eletronorte, que solicitou R$ 2,9 bilhões. "Em linha com as recentes decisões da Aneel sobre o assunto, entendemos que o valor final não vai diferir materialmente do pedido original da companhia, o que esperamos que seja finalizado dentro dos próximos dois meses", disse a Moody's.
A agência mantém rating Ba3, com perspectiva negativa para Eletrobras.
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