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Economia

- Publicada em 18 de Agosto de 2016 às 19:57

Coeficiente de exportação permanece estável no segundo trimestre, divulga Fiesp

Retração mais acentuada foi sentida no segmento de produtos têxteis

Retração mais acentuada foi sentida no segmento de produtos têxteis


JOSÉ PAULO LACERDA/DIVULGAÇÃO/JC
A parcela da produção da indústria da transformação dedicada às exportações ficou praticamente estável no segundo trimestre, marcando 20,9%, após fechar o primeiro trimestre em 21%, informou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Por outro lado, a participação dos produtos importados no total consumido pelos brasileiros subiu de 19,1% para 20,1% no mesmo período, em nível próximo ao do segundo trimestre do ano passado: 20,3%.
A parcela da produção da indústria da transformação dedicada às exportações ficou praticamente estável no segundo trimestre, marcando 20,9%, após fechar o primeiro trimestre em 21%, informou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Por outro lado, a participação dos produtos importados no total consumido pelos brasileiros subiu de 19,1% para 20,1% no mesmo período, em nível próximo ao do segundo trimestre do ano passado: 20,3%.
Entre abril e junho, o indicador de exportação, medido pelos departamentos de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) e Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp, refletiu, mais uma vez, a desvalorização do real, segundo a entidade. De acordo com o relatório, os embarques de produtos brasileiros ao exterior subiram 0,5% em volume na passagem do primeiro para o segundo trimestre, enquanto a produção nacional teve alta de 1,1%.
"O pequeno aumento das exportações ainda é reflexo de um período de 12 meses em que a taxa média de câmbio esteve acima dos R$ 3,70", diz o diretor titular do Derex, Thomaz Zanotto. Ele lembra, porém, que o dólar já registra valorização em torno de 15% desde o início deste ano, o que tende a estimular a retomada das importações. O volume de produtos comprados do exterior no segundo trimestre subiu 7,6%, ao passo que o consumo aparente teve alta menor, de 2,4%.
"Começamos infelizmente a sentir um pouco os efeitos do câmbio no comércio exterior brasileiro", diz Zanotto. "As luzes amarelas estão se acendendo no tocante à apreciação do real versus o dólar, principalmente num cenário externo em que há excesso de produção e recursos e juros muito baixos", acrescenta.
As mudanças são muito pequenas ainda, na opinião do diretor do Derex. Segundo Zanotto, é preciso esperar mais um trimestre, mas a tendência à redução das exportações e aumento das importações deve se acentuar.
Na análise de Zanotto, o Brasil vai na contramão do que se faz no mundo, em que os países tomam medidas muito fortes para recuperar sua indústria e usam o câmbio como principal arma no comércio exterior. "Nós infelizmente caminhamos no sentido inverso. Quando se valoriza o câmbio, se taxa o trabalho aqui e suas exportações e subsidiando o trabalho lá fora e as importações. Foi o que se fez de forma quase suicida entre 2006 e 2013, mais ou menos, e o resultado foi o que vimos. E, no entanto, estamos deixando o câmbio se apreciar de novo. Para nós, isso é sinal de preocupação." O diretor destaca também o prejuízo provocado pela volatilidade, com a variação rápida das cotações.
Dos 21 setores monitorados pela Fiesp, 10 mostraram alta no coeficiente de exportação, comparativamente aos três primeiros meses do ano. Outros dois ficaram estáveis, e nove registraram queda na fatia da produção dedicada a vendas ao exterior. A retração mais acentuada, de 7,4 pontos percentuais, aconteceu no setor de produtos têxteis. Já a indústria de produtos de fumo, destaque positivo do levantamento, ampliou em 3,6 pontos percentuais o percentual da produção embarcado ao exterior.
Na apuração do coeficiente de importações, houve aumento em 12 dos setores analisados, enquanto nove registraram menor penetração dos importados no consumo, com destaque aos produtos farmoquímicos farmacêuticos, cuja proporção importada recuou em 2,6 pontos percentuais. Nos setores de derivados de petróleo, biocombustíveis e coque, houve alta de 4,9 pontos percentuais na participação dos importados, enquanto as importações de máquinas e equipamentos sobre o total consumido tiveram alta de 4,4 pontos percentuais.
 
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