O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) recuou 0,1% em junho deste ano, já efetuados os devidos ajustes sazonais. Na comparação com o mesmo mês do ano passado (junho/2015), houve retração de 3,2% na atividade econômica em junho de 2016. Com este resultado, o primeiro semestre encerrou com retração de 4,3% na atividade econômica perante o primeiro semestre do ano passado. Foi o pior resultado para um primeiro semestre de toda a séria histórica do indicador, iniciada em 1991.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a retração na massa real de rendimentos (inflação alta combinada com desemprego em ascensão), os níveis ainda deprimidos da confiança de consumidores e empresários e as condições mais caras e restritivas do crédito contribuíram para a vigência do quadro recessivo da economia brasileira durante o primeiro semestre de 2016.
Pelo lado da oferta agregada, todos os componentes caíram no primeiro semestre de 2016 em comparação com o período no ano passado: a atividade agropecuária recuou 1,3%; a indústria, 4,8%; e o setor de serviços, 3,2%.
Já do ponto de vista da demanda agregada, houve retrações de 5,9% no consumo das famílias, de 2,3% no consumo do governo e de 13,1% nos investimentos, sempre na comparação do primeiro semestre de 2016 contra o mesmo período do ano passado. Somente o setor externo contribuiu positivamente para a atividade econômica, evitando um tombo maior da economia brasileira: as exportações avançaram 7,6%, e as importações recuaram 16,1% ao longo do primeiro semestre de 2016.