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Economia

- Publicada em 17 de Agosto de 2016 às 19:33

Fed está dividido sobre alta dos juros

Para conselheiros do Federal Reserve, é preciso acumular mais dados

Para conselheiros do Federal Reserve, é preciso acumular mais dados


MANDEL NGAN/AFP/JC
O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) está dividido sobre aumentar ou não, num futuro próximo, a taxa básica de juros nos EUA. É o que sinalizam atas da reunião de 26 e 27 de julho do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), divulgadas pela instituição ontem. No encontro, o grupo decidiu manter a taxa em uma faixa entre 0,25% e 0,50%. "Os membros em geral concordam que, antes de dar outro passo em remover o ajustamento monetário, é prudente acumular mais dados, para poder avaliar a dinâmica do mercado de trabalho e da atividade econômica", afirma o documento.
O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) está dividido sobre aumentar ou não, num futuro próximo, a taxa básica de juros nos EUA. É o que sinalizam atas da reunião de 26 e 27 de julho do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), divulgadas pela instituição ontem. No encontro, o grupo decidiu manter a taxa em uma faixa entre 0,25% e 0,50%. "Os membros em geral concordam que, antes de dar outro passo em remover o ajustamento monetário, é prudente acumular mais dados, para poder avaliar a dinâmica do mercado de trabalho e da atividade econômica", afirma o documento.
As atas deixaram o mercado confuso sobre a possibilidade de ver aumento ainda em 2017, o que seria uma demonstração de força da economia norte-americana. Os juros caíram para quase zero durante a recessão do fim dos anos 2000, como forma de estimular uma economia combalida. Taxas baixas encorajaram investidores a expandir seus negócios, usando créditos baratos, e bancos a emprestar dinheiro para pessoas comprarem carros e casas, por exemplo. A última alta foi em dezembro - a taxa estava congelada desde 2006, início da recessão nacional.
Em julho, após a reunião, o comitê divulgou comunicado que transmitia otimismo, porém cautela, com os rumos econômicos do país. "Os riscos de curto prazo à perspectiva econômica têm diminuído", dizia a nota.
Na ata da reunião de junho, os membros pregavam "prudência", ante números frustrantes de desemprego e o referendo do Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia) marcado para a semana seguinte. Selado o divórcio entre Reino Unido e União Europeia, bolsas despencaram a priori, mas o mercado financeiro não registrou grandes baques nas semanas seguintes.
Dados de então mostravam que o consumo das famílias norte-americanas se recuperava. Investimentos corporativos e em residências, por outro lado, estavam oscilantes. O registro do encontro de julho aponta que o Fed está dando mais atenção ao cenário internacional, com menções ao Brexit, à China e a ações tomadas por bancos centrais de outros países.
Alguns conselheiros repararam que a inflação ainda está longe da meta de 2% estabelecida pelo Fed. No mês passado, ela ficou abaixo de 1%. Eles também se mostraram preocupados com o desaceleramento do mercado de trabalho, o que não aconteceu em agosto.
Nas últimas semanas, contudo, a economia doméstica deu sinais bipolares. O Departamento do Trabalho divulgou que o país ganhou 255 mil novas vagas no mês passado, quando economistas esperavam 76 mil postos a menos. O PIB (Produto Interno Bruto), por sua vez, decepcionou: 1,2% no segundo semestre (taxa anualizada), menos da metade dos 2,5% previstos por especialistas. A próxima reunião do Fomc está marcada para o final de setembro.
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