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Economia

- Publicada em 17 de Agosto de 2016 às 17:26

Juros de longo prazo fecham em alta com dólar e tensão no cenário fiscal

Agência Estado
Os juros futuros de longo prazo fecharam a sessão em alta nesta quarta-feira, refletindo o desempenho do dólar e as preocupações com o cenário fiscal, e a despeito do aumento da percepção de que os juros norte-americanos não devem subir este ano, reforçada pela leitura da ata da reunião de julho do Federal Reserve, divulgada no meio da tarde. O documento conseguiu, contudo, reduzir o ritmo de avanço das taxas em relação ao período da manhã. Os contratos curtos oscilaram ao redor da estabilidade ao longo do dia, uma vez que não houve noticiário e agenda forte que pudessem alterar as apostas de estabilidade da Selic no curto prazo.
Os juros futuros de longo prazo fecharam a sessão em alta nesta quarta-feira, refletindo o desempenho do dólar e as preocupações com o cenário fiscal, e a despeito do aumento da percepção de que os juros norte-americanos não devem subir este ano, reforçada pela leitura da ata da reunião de julho do Federal Reserve, divulgada no meio da tarde. O documento conseguiu, contudo, reduzir o ritmo de avanço das taxas em relação ao período da manhã. Os contratos curtos oscilaram ao redor da estabilidade ao longo do dia, uma vez que não houve noticiário e agenda forte que pudessem alterar as apostas de estabilidade da Selic no curto prazo.
Ao final da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2017 (41.058 contratos) fechou estável em 13,985%. O DI janeiro de 2018 (73.410 contratos) passou de 12,70% para 12,71%. O DI janeiro de 2019 (85.115 contratos) subiu de 12,11% para 12,13%. O DI janeiro de 2021 (73.000 contratos) encerrou em 11,89%, de 11,84%.
A ata mostrou que vários dos dirigentes preferiram aguardar por mais sinais, para ficarem mais confiantes sobre a trajetória da inflação nos Estados Unidos. O documento aponta que vários dirigentes viram a alta nos salários como um evidência de um aperto no mercado de trabalho e que o país se aproxima do pleno emprego. De qualquer modo, houve um consenso de que era adequado aguardar mais dados, antes de se decidir por uma mudança na taxa de juros.
Com isso, investidores reduziram suas apostas sobre as chances de um aperto monetário em 2016. Segundo dados coletados pelo CME Group com base nos futuros dos fed funds, as chances de uma alta na reunião de setembro caíram de 18% logo antes da divulgação da ata para 12% e para novembro, de 19,7% para 13,8%. As possibilidade de aperto de dezembro caiu de 54,2% para 46,7%. Na lógica do mercado, uma postergação do ajuste monetário nos EUA favorecerá o fluxo de recursos para mercados emergentes, principalmente o Brasil, que tem uma taxa de juros elevada, de 14,25%.
Mas, segundo operadores, o impacto da curva foi limitado pelo desconforto com o cenário fiscal, em meio a novas notícias negativas para o ajuste das contas públicas. Em busca da equiparação com os ganhos dos auditores fiscais, 95 gerentes do Tesouro Nacional entregaram ontem seus cargos. Além disso, aumentou a pressão dos Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste por ajuda de R$ 7 bilhões, sob o risco de travarem no Senado o projeto de renegociação da dívida.
A ata teve efeito favorável para os demais ativos domésticos, com o Ibovespa renovando as máximas em sequência na última hora. Às 16h22, o índice estava em 59.093,08 pontos, ganho de 0,40%. O dólar à vista, que hoje chegou a subir mais de 1% ante o real, reduzia o avanço a 0,73%, cotado em R$ 3,2174.
Nesta tarde, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Carlos Hamilton, confirmou que a projeção do governo para o crescimento do PIB em 2017 passou de 1,2% para 1,6%, o que era esperado pelo mercado. Já a estimativa para a inflação medida pelo IPCA no próximo ano foi mantida em 4,8%, ainda acima do centro da meta, de 4,5%.
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