As centrais sindicais protestaram no começo da manhã desta terça-feira (16) em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs). A manifestação faz parte do Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos.
O foco é combater as pretensões do governo federal em fazer uma reforma na Previdência, como o aumento da idade para se aposentar, que faz parte de proposta em discussão no governo interino de Michel Temer.
O ato une CUT, CTB, CSP, CGTB, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT. Além da Capital, também ocorrem atos em São Paulo.
A concentração começou por volta das 7h, com dezenas de integrantes das centrais bloqueando a avenida Assis Brasil, no sentido Porto Alegre para Cachoeirinha, nas proximidades da sede da federação, na zona norte. A interrupção foi até as 9h40min, com reflexos no trânsito na região. A EPTC informou que a situação foi normalizada após o protesto.
O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, destacou a união de todas as centrais, que há tempo não ocorria, contra as mudanças "que podem afetar direitos dos trabalhadores". "Estamos na fase da desalienação. Estamos advertindo os trabalhadores para o tamanho do problema", indicou Nespolo.
Nos próximos dias, o dirigente informou que novas manifestações devem ser feitas, desta vez em Brasília, para pressionar o governo federal e Congresso Nacional contra projetos de mudanças na legislação. O aumento da idade mínima para a aposentadoria é um dos principais itens da reforma. Os sindicalistas podem fazer uma greve geral no fim de setembro.