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Economia

- Publicada em 16 de Agosto de 2016 às 02:16

Opinião Econômica: O importante é competir


Jonathan Heckler/Arquivo/JC
O ponto de interrogação é o meu sinal de pontuação preferido. Afinal, as perguntas vêm sempre antes das respostas. Mas não espere respostas prontas para este momento em que tudo está mudando.
O ponto de interrogação é o meu sinal de pontuação preferido. Afinal, as perguntas vêm sempre antes das respostas. Mas não espere respostas prontas para este momento em que tudo está mudando.
É possível contar nos dedos os setores que (ainda) não estão em transformação. Se você está estudando alguma coisa, cuidado para não estar aprendendo sobre o passado.
Estudar é ser humilde, é admitir que não se sabe o suficiente. Não devemos nunca abdicar de estudar, de fazer as perguntas. Ainda mais agora.
Eu faço estágio com os jovens lá da África, que me informam e me transformam da mesma forma que minha experiência e meu conhecimento os informam e transformam.
Uma vez fui falar de Brasil para a Microsoft do Bill Gates, e o que mais me impressionou no fundador da empresa de software e da Bill & Melinda Gates Foundation foi a deferência com que ele tratava os professores.
Mas algumas coisas são tão novas que professores e alunos aprendem juntos um conhecimento ainda longe de estar consolidado ou mesmo formulado.
A publicidade na internet, especialmente no "mobile", segue cada dia mais forte e abrangente, como mostram, trimestre a trimestre, os balanços de Google e Facebook, gigantes do novo mundo cuja alma comercial é a boa e nova propaganda. Mas o uso de bloqueadores de anúncios nessas novas plataformas também avança, criando novos desafios e novos caminhos dentro da inovação.
A troca de mensagens por celular, por exemplo, evolui em ritmo frenético. Vistas no início como ferramentas da conversação informal entre pessoas próximas, elas já dominam boa parte da comunicação empresarial. Grupos de WhatsApp são cada vez mais fortes em determinar a conversa pública e privada, profissional e pessoal.
Quando o Facebook investiu US$ 19 bilhões para adquirir o WhatsApp, em 2014, e muita gente criticou valor tão alto por empresa que faturava tão pouco, Mark Zuckerberg disse que o aplicativo valia muito mais. Ele estava certo.
Marcas que surgem primeiro na internet e fazem o melhor uso de sua força crescem rapidamente e incomodam as grandes corporações globais. O Dollar Shave Club, por exemplo, uma empresa que vende produtos de barbear pela web, foi comprada pela Unilever neste mês por US$ 1 bilhão.
A empresa tem menos de 200 funcionários, compra seus produtos na Coreia do Sul e os distribui pela web, cortando custos e intermediários. Sua propaganda começou no YouTube, com um vídeo irreverente que viralizou, viralizando o produto junto.
Esses produtos e essas empresas são especialmente atraentes à geração do milênio, nativa digital e que consome, se informa e se comunica de formas diferentes até dos irmãos mais velhos. São marcas que já nascem com produção, distribuição e comunicação dentro desse ecossistema e têm facilidade de evoluir dentro dele.
Empresas globais de bens de consumo sempre ganharam eficiência, escala e mercado por causa de seus volumosos recursos financeiros, produtivos, de distribuição e de comunicação. Hoje, novos entrantes com uma boa ideia na cabeça e um bom aplicativo na mão podem terceirizar da produção à distribuição e se comunicar a um custo muito mais acessível.
A luta entre Davi e Golias ficou muito mais equilibrada. Viva a competição. Dela virão as respostas.
Publicitário e presidente do Grupo ABC
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