Os contratos futuros do petróleo subiram para o patamar mais alto em três semanas nesta sexta-feira, 12, um dia após o governo do Arábia Saudita afirmar que trabalharia com outros produtores para estabilizar os preços.
No entanto, um grande aumento no número de plataformas em funcionamento nos Estados Unidos aumentou as preocupações de que qualquer rali nos preços da commodity possa ser prejudicial para o próprio mercado ao permitir que os produtores aumentem o fornecimento e mantenham os excedentes do mercado.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o contrato para outubro fechou em alta de 2,01%, a US$ 46,97 por barril, no maior patamar desde o dia 20 de julho. Na semana, o avanço foi de 6,1%.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril WTI para setembro avançou 2,29%, para US$ 1,00 por barril, no maior patamar desde 21 de julho. Na semana, o contrato subiu 6,4%.
O ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, disse nesta quinta-feira, 11, que o país "faria qualquer coisa para ajudar" o mercado de petróleo juntamente com outros membros e não membros da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep). Seus comentários foram interpretados por alguns como um sinal de que o maior produtor mundial de petróleo pode apoiar um congelamento coletivo da produção.
Mas muitos participantes do mercado estão céticos em relação a uma atitude dos sauditas para limitarem sua própria produção, observando que a extração de petróleo do reino atingiu níveis recordes em julho.
Nesta semana, a Opep anunciou uma reunião na próxima semana, na Argélia, reavivando a ideia de um congelamento coordenado da produção. Em mais um sinal de otimismo para o mercado, a Agência Internacional de Energia (AIE) disse nesta quinta que os estoques globais de petróleo podem encolher na segunda metade do ano.
Mas o número de plataformas em atividade nos EUA subiu nesta semana, no sétimo aumento semanal consecutivo, de acordo com a companhia de serviços para campos de petróleo Baker Hughes. Os produtores colocaram mais plataformas para trabalhar em resposta à alta nos preços da commodity nos últimos meses. Um aumento da produção americana pode fazer com que os excedentes globais de petróleo persistam, mantendo os preços baixos, de acordo com analistas. Fonte: Dow Jones Newswires.