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Economia

- Publicada em 11 de Agosto de 2016 às 20:50

Congresso pode comprometer ajuste fiscal, dizem analistas

O acordo sobre a renegociação da dívida dos estados aprovado pelo Congresso, sem a proibição de aumentos para os servidores estaduais, sinaliza que a proposta de emenda constitucional (PEC) que zera o crescimento real dos gastos federais e uma eventual reforma da Previdência também serão suavizadas, na avaliação da consultoria de risco político Eurásia.
O acordo sobre a renegociação da dívida dos estados aprovado pelo Congresso, sem a proibição de aumentos para os servidores estaduais, sinaliza que a proposta de emenda constitucional (PEC) que zera o crescimento real dos gastos federais e uma eventual reforma da Previdência também serão suavizadas, na avaliação da consultoria de risco político Eurásia.
Seus analistas afirmam, no entanto, que, mesmo que a proibição de reajustes tenha sido retirada, o projeto ainda impõe um teto para os gastos estaduais por dois anos. "Não esperávamos esse revés. Não obstante, é importante notar que o impacto fiscal (da retirada da proibição de reajustes) será limitado. No fim das contas, com a condição de manter o teto de gasto ainda válida, os governadores vão precisar compensar aumentos de salários com cortes em outros lugares", diz o texto.
Para o sócio e diretor da MacroSector, Fabio Silveira, o resultado final dessa negociação dá um sinal de que o ajuste nas contas públicas está ficando mais distante. "O pior é a leitura que isso transmite ao mercado financeiro", diz. Na opinião do analista, é preciso que seja apresentada uma proposta factível de reequilíbrio da economia no médio prazo. "Se isso não ficar claro para investidores internacionais e nacionais, corremos um sério risco de ter as notas de crédito rebaixadas e uma rejeição aos títulos públicos e privados brasileiros."
O analista econômico da RC Consultores Everton Carneiro também considera o projeto de renegociação da dívida com os estados insuficiente para controlar o gasto público do governo. A situação, segundo ele, pode ameaçar a confiança dada pelo mercado ao governo Michel Temer. "Se o mercado perceber que o reajuste fiscal vai ser insuficiente, a confiança tende a se esvaziar", afirma Carneiro.
Como o ministro da Fazenda havia dito que esse ponto era "inegociável", o gerente de renda fixa da Leme Investimentos, Paulo Petrassi, considerou essa uma derrota da equipe econômica, que ainda não "tem poder suficiente para influenciar o PMDB".
 
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