Petróleo opera em leve alta, mesmo após relatório da AIE

Os contratos futuros de petróleo operam com volatilidade, na manhã desta quinta-feira (11). Inicialmente, o mercado reagiu mal ao relatório mensal da Agência Internacional de Energia (AIE), mas posteriormente houve uma recuperação. A tentativa de alta ocorre após os contratos fecharem a sessão anterior com quedas superiores a 2%.

Às 7h53min (de Brasília), o petróleo WTI para setembro avançava 0,14%, a US$ 41,77 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para outubro subia 0,41%, a US$ 44,23 o barril, na plataforma ICE, em Londres.

A AIE reduziu sua projeção para o crescimento global da demanda por petróleo no próximo ano em 100 mil barris por dia, para 1,2 milhão de barris por dia. A entidade citou hoje a perspectiva econômica mais fraca, após o surpreendente voto do Reino Unido para deixar a União Europeia. Por outro lado, a AIE previu uma gradual redução nos estoques da commodity, ao longo do terceiro trimestre.

"Certo impulso será perdido em 2017 devido a cortes nas projeções de crescimento econômico, mas a projeção de expansão de 1,2 milhão de barris por dia ainda está acima da tendência", disse a agência sediada em Paris em seu relatório mensal. A AIE notou que o excesso de oferta no mercado atua como um freio nos preços.

Nos Estados Unidos, os estoques de petróleo aumentaram na última semana para um recorde de alta, mostraram dados de ontem do governo. Os estoques de petróleo e produtos refinados aumentaram 2,5 milhões de barris por dia na semana encerrada no dia 5, para 1,39 bilhão de barris.

A produção da Arábia Saudita, por sua vez, atingiu recorde no mês passado, segundo dados de quarta-feira da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Liderados por Arábia Saudita e Iraque, os membros da Opep tiveram crescimento em sua produção de 46 mil barris por dia em julho na comparação com o mês anterior, para 33,11 milhões de barris. O analista Dominick Chirichella, do Energy Management Institute, disse que aparentemente o excesso de oferta deve perdurar ao longo de 2017.