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Contas Públicas

- Publicada em 08 de Agosto de 2016 às 22:55

Projeto sobre dívidas terá teto para gastos

Meirelles espera que medidas sejam votadas nesta semana na Câmara

Meirelles espera que medidas sejam votadas nesta semana na Câmara


VALTER CAMPANATO/ABR/JC
A nova versão do projeto de renegociação das dívidas dos estados com a União trará duas exigências aos governos estaduais para manter o alívio no pagamento das suas prestações, segundo o Ministério da Fazenda.
A nova versão do projeto de renegociação das dívidas dos estados com a União trará duas exigências aos governos estaduais para manter o alívio no pagamento das suas prestações, segundo o Ministério da Fazenda.
A primeira é o teto para o gasto estadual, limitado à correção da inflação. A segunda será a proibição de concursos públicos e limites para concessão de reajustes e benefícios ao funcionalismo. Nos dois casos, as medidas valem por dois anos. O novo formato foi anunciado, nesta segunda-feira, pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A expectativa é que o projeto seja votado nesta semana pela Câmara dos Deputados.
De acordo com o ministro, a parte do texto que previa mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o que incluía uma nova definição sobre o que é gasto com pessoal, será objeto de outra proposta, que vai tratar a questão de forma mais abrangente, com novas regras para União, estados e municípios. "O que vamos fazer agora é analisar toda a Lei de Responsabilidade Fiscal e verificar que outros itens poderiam merecer atualização e ser objeto de uma proposta para debate", afirmou.
O ministro disse que o governo avaliou que separar as duas questões seria a melhor estratégia para aprovar o texto e mostrar que a Fazenda não estava alterando os termos da renegociação.
A questão da LRF, segundo Meirelles, não estava prevista no acordo com os governadores. Já as duas contrapartidas (teto de gasto e limite de reajustes) fazem parte do que ficou acordado. "A Fazenda está convencida de que esta é a melhor abordagem. Teremos a eliminação de uma dúvida que está na sociedade, sobre até que ponto estaria havendo mudanças nas contrapartidas", afirmou o ministro.
A nova versão do Projeto de Lei nº 257 foi acertada após reunião nesta manhã entre o presidente interino Michel Temer, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o líder do governo da Casa, André Moura, os ministros Meirelles e Eliseu Padilha (Casa Civil), além do relator do projeto, deputado Esperidião Amin (PP-SC).
Sobre a questão dos servidores, o ministro disse que a proposta prevê a proibição de concessão de qualquer reajuste ou benefício que não esteja previsto hoje em lei. Uma questão polêmica é a garantia constitucional de aumento anual ao funcionalismo para repor a inflação. Meirelles não entrou no mérito da questão, mas disse que a proposta não vai se colocar contra o que está previsto na Constituição.
O ministro disse também que o governo avalia o pedido de alguns governadores para que a proposta de reforma da Previdência que será enviada ao Congresso neste ano trate também de questões que afetem o funcionalismo estadual. Afirmou, no entanto, que o governo ainda avalia se a questão será tratada na mesma proposta de emenda constitucional ou se será objeto de outro projeto.
Apesar de o projeto de renegociação limitar o reajuste das despesas públicas por um período de dois anos, o ministro afirmou que os estados terão de manter essa regra por mais tempo. Caso contrário, perdem as vantagens de um dos pontos da renegociação das dívidas, que é esticar em 20 anos o prazo de pagamento.
O governo federal já decidiu que vai incluir os estados no projeto sobre o teto de gastos federais, que já está no Congresso e prevê a correção limitada à inflação por pelo menos nove anos. Afirmou ainda que caberá a cada governador avaliar se será necessário ainda aprovar leis estaduais que tratem da mesma questão. Na nova versão do texto, prevaleceu o pedido de São Paulo para aumentar o desconto que terá no pagamento das prestações nos próximos meses de R$ 400 milhões, como acordado em junho, para R$ 500 milhões.

Governador José Ivo Sartori tem encontro com Temer nesta terça-feira

O governador José Ivo Sartori (PMDB) reuniu os secretários, na manhã de ontem, para compartilhar informações antes do embarque para Brasília. Nesta terça-feira, Sartori reúne-se com o presidente interino Michel Temer, para tratar de temas de interesse do Estado e convidá-lo oficialmente para a abertura da 39ª Expointer.
O governador também terá audiências com o ministro do STF Gilmar Mendes, com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, com o advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, com o Ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, e com o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi.

Governo promete a conclusão de R$ 1,8 bilhão em obras inacabadas

O presidente interino Michel Temer (PMDB) prometeu, nesta segunda-feira, que finalizará, até 2018, um montante de
R$ 1,8 bilhão em obras inacabadas que foram iniciadas em gestões passadas. Em reunião com senadores da base aliada, o peemedebista explicou que o total é referente a 1.519 empreendimentos que foram iniciados ou empenhados e cujos custos são estimados entre R$ 500 mil e
R$ 10 milhões.
Na lista, estão previstos três aeroportos regionais, 375 creches e pré-escolas, 451 obras de saneamento, 297 assentamentos urbanos, entre outros. O peemedebista não detalhou na reunião a localização dos empreendimentos.
No encontro, explicou que, embora estejam fora do pacote, empreendimentos com valores acima de R$ 10 milhões também devem ter continuidade, como a transposição do rio São Francisco.
No mês passado, o ministro Dyogo Oliveira (Planejamento) havia antecipado que o governo interino divulgaria em agosto uma lista de obras inacabadas que são consideradas prioritárias.