Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 07 de Agosto de 2016 às 20:05

Com Temer, PIB do País deve 'ganhar' R$ 100 bilhões

Os pouco mais de 80 dias do governo do presidente interino Michel Temer conseguiram mudar, para melhor, a percepção do mercado em relação à atividade até o fim de 2018. Dados reunidos pelo Banco Central no relatório Focus mostram que, desde que ele assumiu a presidência, os economistas reduziram a previsão de recessão para 2016, mais que dobraram a projeção de crescimento do PIB para o próximo ano e, para 2018, já chegam a indicar uma expansão de 2%.
Os pouco mais de 80 dias do governo do presidente interino Michel Temer conseguiram mudar, para melhor, a percepção do mercado em relação à atividade até o fim de 2018. Dados reunidos pelo Banco Central no relatório Focus mostram que, desde que ele assumiu a presidência, os economistas reduziram a previsão de recessão para 2016, mais que dobraram a projeção de crescimento do PIB para o próximo ano e, para 2018, já chegam a indicar uma expansão de 2%.
Na prática, o curto período do governo interino até agora adicionou cerca de R$ 100 bilhões nas previsões do mercado financeiro para o PIB, conforme cálculos da MCM Consultores Associados. A má notícia é que, no caso da área fiscal, algumas estimativas estão ainda piores que no governo Dilma Rousseff.
Quando Temer assumiu a presidência interinamente, em 12 de maio, a abertura do relatório Focus do BC apontava que os economistas do mercado esperavam uma retração do PIB de 3,88% em 2016, um crescimento de apenas 0,5% no ano seguinte e uma expansão de 1,6% em 2018. Mas os dados mais recentes do Focus, de 29 de julho, já davam conta de uma queda de 3,24% este ano, de um avanço de 1,1% em 2017 e de uma alta de 2% em 2018.
Segundo cálculo do economista Mauro Schneider, da MCM, isso significa que, apenas para 2016, o mercado passou a prever cerca de R$ 40 bilhões a mais de PIB com Temer no poder. "Até o fim do mandato, caso Temer permaneça até o encerramento de 2018, seriam aproximadamente R$ 100 bilhões a mais", disse.
De acordo com Schneider, a melhora das expectativas foi consequência direta da mudança de governo. "Naturalmente, com a chegada de Temer na presidência, o cenário começou a mudar, com a perspectiva de normalização da vida política em Brasília", comentou. "Isso é visível nos próprios índices de confiança setoriais. Todos eles, em seus componentes de expectativa, já melhoraram."
O fato de a queda do PIB no primeiro trimestre deste ano, de 0,3% ante os últimos quatro meses de 2015, ter sido menor do que boa parte dos economistas esperava também contribuiu, conforme Schneider, para a revisão das expectativas. O PIB do primeiro trimestre foi divulgado em 1 de junho, já sob o governo interino. "Mas o resultado em si não tem nada a ver com Temer", disse. Pelos dados do relatório Focus, é possível notar ainda uma mudança das projeções, durante o governo Temer, para rubricas como balança comercial, câmbio, conta corrente e Investimento Direto no País (IDP). O ponto fraco é o fiscal. As projeções para o déficit primário em 2016, pelo Focus, pioraram de 1,7% do PIB no primeiro dia do governo Temer para 2,5% no dia 29 de julho.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO