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Economia

- Publicada em 03 de Agosto de 2016 às 17:51

Família Gouvêa Vieira quer comprar BR Distribuidora

 posto BR Distribuidora foto Marcio Roberto Dias Agência Petrobras

posto BR Distribuidora foto Marcio Roberto Dias Agência Petrobras


MARCIO ROBERTO/AGÊNCIA PETROBRAS/JC
A família Gouvêa Vieira, uma das fundadoras na década de 1930 do grupo Ipiranga, já comunicou oficialmente à Petrobras que está interessada em participar da disputa pelo controle da BR Distribuidora, líder do mercado de combustíveis do País.
A família Gouvêa Vieira, uma das fundadoras na década de 1930 do grupo Ipiranga, já comunicou oficialmente à Petrobras que está interessada em participar da disputa pelo controle da BR Distribuidora, líder do mercado de combustíveis do País.
A informação foi dada nesta quarta-feira por Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, que é presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). A distribuidora de combustíveis Ipiranga era a segunda maior do País até ser comprada pelo grupo Ultra e pela própria estatal, em 2007, em operação que movimentou
US$ 4 bilhões.
O empresário disse que a família entregou uma carta à Petrobras no final do mês passado, manifestando o interesse pela distribuidora. A família está junto com um fundo de investimentos nacional, que Eduardo Eugênio não quis revelar o nome. "No modelo novo, anunciado pela Petrobras, de venda da maioria das ações ordinárias, mas será uma parceria. E uma parceria com a Petrobras já tivemos por muitos anos. Não é problema algum. E é um desafio de uma empresa brasileira; e nós (família Gouvêa Vieira) criamos uma empresa brasileira de petróleo, então temos uma história", destacou.
O presidente da Firjan explicou que enviou uma correspondência à Petrobras junto com um fundo de investimentos para a Petrobras saber do interesse da família. Mas agora eles vão aguardar a modelagem que será feita pela estatal.
No último dia 22, a Petrobras anunciou ao mercado um novo modelo de venda da BR, que prevê o controle compartilhado da companhia com novos sócios. A ideia é vender 51% das ações ordinárias, com direito a voto, mas manter a maior parte das preferenciais, para receber dividendos.
O modelo foi definido após uma etapa de negociações com três interessados na companhia, que revelaram seu interesse em ter o controle compartilhado. A Petrobras argumentou que essa estratégia pode garantir um maior valor de venda.
Gouvêa Vieira diz que sua família tem experiência no ramo e poderia contribuir para a gestão da BR Distribuidora. A subsidiária da estatal é líder no mercado brasileiro de combustíveis, mas vem sofrendo forte concorrência do grupo Ultra, que usa a bandeira Ipiranga, e da Raízen, que opera com a marca Shell.
A Petrobras diz que espera propostas pela companhia até o final de 2016. A venda faz parte do plano de desinvestimento lançado em 2015 para enfrentar a crise financeira da estatal. Até agora, a empresa anunciou operações de US$ 3,6 bilhões. A meta é arrecadar US$ 15,1 bilhões.
Pela longa experiência no setor de petróleo e distribuição de combustíveis, a família Gouvêa Vieira acredita que será uma forte concorrente na disputa da BR Distribuidora. "Eu duvido que exista um grupo tão competente na distribuição de petróleo do que o nosso. Isso posso dizer com todo orgulho", destacou o empresário.
Para ser atraente, o novo modelo para a venda do controle da BR, que está sendo montado pela Petrobras, terá que oferecer, principalmente, liberdade de gestão, de acordo com Eduardo Eugênio. "É preciso liberdade de gestão em parceria, cogestão na medida em que a parte privada entregue a Petrobras, que vai ficar com fatia importante, tudo aquilo que ela almeja de aumento do patrimônio", afirmou.
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