O novo presidente do IBGE, Paulo Rabello de Castro, afirmou que vai se reunir nesta terça-feira (2) com o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, para garantir recursos para a realização do Censo Agropecuário em 2017, a nomeação de 600 aprovados no último concurso e uma modernização do sistema de informática do instituto.
Ele ressaltou que a realização da pesquisa está prevista na legislação e garantiu que os trabalhos serão feitos no próximo ano. O censo agropecuário estava previsto inicialmente para 2016, com divulgação em 2017. Com o atraso, o levantamento será feito em 2017 e a divulgação fica para 2018.
"O censo já está salvo. Já que não rodou este ano, fatalmente rodará no ano que vem. (....) É um comando legal. Ou muda a lei ou o presidente do IBGE. (...) Ou cumpre a lei ou chama outro para não cumprir", disse ele, em sua primeira coletiva de imprensa desde que assumiu a presidência do instituto.
Paulo Rabello de Castro revelou que conseguiu recuperar parte dos recursos para gastos de custeio do IBGE que estavam contingenciados para 2016. O orçamento para este ano era, inicialmente, de R$ 203 milhões, mas o montante tinha sido reduzido para R$ 180 milhões. Agora, conseguiu retomar para a marca de R$ 203 milhões.
"Já conseguimos uma recomposição para R$ 203 milhões. É uma recomposição mínima."
Além desses recursos, no entanto, o presidente do IBGE foi firme em defender e garantir a realização do Censo Agropecuário. Ao todo, é um projeto de pouco mais de R$ 1 bilhão, mas que precisa de R$ 266 milhões este ano para as preparativos da pesquisa. O economista comparou os gastos com a rolagem da dívida do governo com o Censo Agropecuário.
"Um país que gasta 500 censos só para rolar sua dívida pode gastar R$ 1 bilhão com um censo."