Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Repórter Brasília

- Publicada em 31 de Agosto de 2016 às 00:30

Dilma e Temer


VALTER CAMPANATO/ABR/JC
O Brasil terá, hoje, um novo, e ao mesmo tempo velho, presidente. A decisão do Senado em relação ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) irá afastá-la de vez, confirmando o interino Michel Temer (PMDB) no comando do País, ou sacralizá-la no Planalto até 2018. Mas pouco importa quem ocupará o cargo, já que os dois anos restantes até a próxima eleição serão de interinidade. Os dois sofrem da desconfiança da sociedade e terão que enfrentar uma oposição aguerrida e militante nas ruas e no Congresso. Os dois têm avaliações e popularidade abismais. E os dois não têm garantia de maioria dentro da Câmara dos Deputados e do Senado. As medidas anunciadas serão imensas e revolucionárias, mas as adotadas serão decepcionantes. Temer e Dilma têm mais semelhanças que diferenças. O programa liberal na economia defendido por Temer assemelha-se ao que foi praticado por Dilma no ano passado.
O Brasil terá, hoje, um novo, e ao mesmo tempo velho, presidente. A decisão do Senado em relação ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) irá afastá-la de vez, confirmando o interino Michel Temer (PMDB) no comando do País, ou sacralizá-la no Planalto até 2018. Mas pouco importa quem ocupará o cargo, já que os dois anos restantes até a próxima eleição serão de interinidade. Os dois sofrem da desconfiança da sociedade e terão que enfrentar uma oposição aguerrida e militante nas ruas e no Congresso. Os dois têm avaliações e popularidade abismais. E os dois não têm garantia de maioria dentro da Câmara dos Deputados e do Senado. As medidas anunciadas serão imensas e revolucionárias, mas as adotadas serão decepcionantes. Temer e Dilma têm mais semelhanças que diferenças. O programa liberal na economia defendido por Temer assemelha-se ao que foi praticado por Dilma no ano passado.
Verdades e inverdades
A defesa da presidente afastada Dilma Rousseff feita pelo senador Paulo Paim (PT) foi motivo de briga entre ele e o governo Michel Temer. Pouco depois de Paim ter terminado o seu discurso, o Palácio do Planalto respondeu em nota que "não é verdade que se debata a estipulação de idade mínima de 70 ou 75 anos aos aposentados; não será extinto o auxílio-doença; não será regulamentado o trabalho escravo; não há privatização do pré-sal; e não se cogita revogar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Essas e outras inverdades foram atribuídas de forma irresponsável e leviana ao governo interino". Paim havia dito que o afastamento de Dilma teria como consequência o "ataque" a direitos sociais e a "revogação" da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). O senador gaúcho respondeu à nota afirmando que "a proposta que estabelece o negociado sobre o legislado está no Congresso; o governo interino defende aposentadoria aos 65 anos e 70 anos para mulheres e homens, respectivamente; a privatização do pré-sal avança no Congresso; a terceirização da atividade-fim e a regulamentação do trabalho escravo tramitam no Senado; o governo interino defende a desvinculação do salário-mínimo e das receitas da saúde e da educação; a restrição do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez está na MP 739/2016, editada pelo governo interino".
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO