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Repórter Brasília

- Publicada em 25 de Agosto de 2016 às 17:29

Momentos finais

O impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) entra na fase final. O Senado deverá levar uma semana para julgar Dilma, que é acusada de infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal ao permitir créditos sem o aval do Congresso. O processo está sendo presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Mas, ao contrário da Corte, onde as previsões são falhas, no Senado todos sabem o resultado. Dilma está com a tranquilidade de um idoso que aceita a morte. Sua defesa perante os senadores não será uma mea culpa, mas um discurso calibrado para garantir uma vitória moral ou "derrota honrosa". Nem os petistas acreditam mais em salvação, e muitos até não a desejam. A volta de Dilma significaria um Congresso ingovernável e um provável desastre eleitoral em 2018. Com o interino Michel Temer (PMDB) no comando, todo e qualquer desastre será culpa dele, não importando a gênese do problema.
O impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) entra na fase final. O Senado deverá levar uma semana para julgar Dilma, que é acusada de infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal ao permitir créditos sem o aval do Congresso. O processo está sendo presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Mas, ao contrário da Corte, onde as previsões são falhas, no Senado todos sabem o resultado. Dilma está com a tranquilidade de um idoso que aceita a morte. Sua defesa perante os senadores não será uma mea culpa, mas um discurso calibrado para garantir uma vitória moral ou "derrota honrosa". Nem os petistas acreditam mais em salvação, e muitos até não a desejam. A volta de Dilma significaria um Congresso ingovernável e um provável desastre eleitoral em 2018. Com o interino Michel Temer (PMDB) no comando, todo e qualquer desastre será culpa dele, não importando a gênese do problema.
Contagem de votos
As últimas contagens apontam que Michel Temer terá uma vitória fácil. Dentre os senadores, 48 são a favor do afastamento e 19 são contra. Dos 14 que não quiseram responder, seis votaram a favor da continuidade do processo. Mesmo com a derrota em mente, os petistas continuam a articular para conseguir alguns votos. Isso seria suficiente para reverter a decisão. Mas não será entre os gaúchos, todos com opinião formada. Paulo Paim (PT) é contra, enquanto Ana Amélia (PP) e Lasier Martins (PDT) são a favor. "Eu quero ver aqui, na votação final, que deve ser entre segunda e terça. Olho no olho", disse Paim, ao afirmar que Dilma estará no Congresso com vários ex-ministros dela.
Em todas as esferas
Uma evidência da certeza difusa dos petistas de que Dilma vai perder no Senado é a denúncia feita por três deputados do PT à Organização dos Estados Americanos (OEA). No ato, o deputado gaúcho Paulo Pimenta (PT), um dos autores da petição, afirmou que o partido irá "brigar em todas as esferas". A denúncia, ao contrário das outras feitas à OEA contra o Brasil, teve um efeito imenso. Câmara e Senado já responderam, afirmando que não há ilegalidade. O ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), chamou a petição de "documento besta, mal feito".
Presidente legítimo
Por mais que não dê certo, a denúncia na OEA faz parte da estratégia de internacionalizar o caso. Apesar de as decisões do órgão não terem efeito imediato e o Brasil ignorar solenemente a maioria delas, ficaria mais difícil para o interino Michel Temer ser visto por outros países como presidente legítimo com uma condenação da OEA. Temer já tem dificuldades na arena internacional por ser interino. Um exemplo foi a abertura das Olimpíadas. Muitos chefes de Estado preferiram não aparecer com medo da repercussão em seus países.
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