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JC Logística

- Publicada em 25 de Agosto de 2016 às 22:04

São Bernardo, no ABC, tem 18 mil metalúrgicos parados

Manifestações de trabalhadores conseguiram reverter plano de demissões anunciado pela Mercedes-Benz

Manifestações de trabalhadores conseguiram reverter plano de demissões anunciado pela Mercedes-Benz


RENATO MENDES/BRAZIL PHOTO PRESS/FOLHAPRESS/JC
Três das cinco montadoras com fábricas em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, estão com a produção parada na cidade, um dos principais polos da indústria automobilística no Brasil. Volkswagen e Ford deram férias coletivas aos seus funcionários, enquanto a Mercedes-Benz deixou seu quadro em licença remunerada e agora anunciou um novo PDV (Programa de Demissão Voluntária). A Toyota e a Scania seguem funcionando normalmente.
Três das cinco montadoras com fábricas em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, estão com a produção parada na cidade, um dos principais polos da indústria automobilística no Brasil. Volkswagen e Ford deram férias coletivas aos seus funcionários, enquanto a Mercedes-Benz deixou seu quadro em licença remunerada e agora anunciou um novo PDV (Programa de Demissão Voluntária). A Toyota e a Scania seguem funcionando normalmente.
No total, aproximadamente 18 mil metalúrgicos estão parados no município, segundo levantamento com base em informações do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. As medidas são tentativas de ajustar a produção à queda na demanda, em razão da desaceleração econômica no País.
Em julho, o licenciamento de automóveis novos caiu 20,3% em comparação ao mesmo período de 2015, enquanto o de caminhões e ônibus sofreu queda de 19,4%, segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). A parada é mais um passo em uma série de tentativas das empresas de adequar os custos às vendas. Antes da licença remunerada, Mercedes-Benz e Ford adotaram PDVs e lay-offs (suspensão temporária do contrato), além de terem aderido ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE).
A Mercedes chegou a anunciar ao sindicato dos trabalhadores que demitiria 2.000 pessoas. Trabalhadores da empresa passaram a receber telegramas informando sobre a rescisão do contrato, que seria efetivada neste mês. Por ter aderido ao PPE, a montadora não podia desligar funcionários até 31 de agosto.
Diante das manifestações dos trabalhadores, a montadora voltou atrás e anunciou, na semana passada, um novo PDV. Quem aderir terá uma indenização de R$ 100 mil.
Na Ford, o PPE já foi renovado e vigora até setembro. Em outubro, com a reorganização do processo de produção, os funcionários trabalharão nas linhas de montagem de caminhões e ônibus em dias alternados. A medida criará um excedente de 450 trabalhadores, que terão seus contratos suspensos temporariamente, diz a empresa.
No caso da Volkswagen, a parada resulta de problemas com interrupções em entregas de um fornecedor, que fez a empresa paralisar as atividades não só em São Bernardo como também em suas outras plantas no Brasil.
Na semana passada, a matriz alemã da empresa chegou a um acordo para resolver o impasse, mas no Brasil "a situação é significativamente diferente", diz a empresa em comunicado.
A Fiat também paralisou sua produção na fábrica em Betim (MG) na segunda-feira da semana passada e colocou os cerca de 4.000 trabalhadores da empresa na unidade de Betim em licença remunerada por um período de 10 dias. O objetivo da medida é "ajustar a produção à demanda de mercado", diz a empresa em comunicado. Antes de adotar a licença, a montadora já havia feito paradas técnicas e dado férias coletivas.
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