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JC Logística

- Publicada em 11 de Agosto de 2016 às 22:26

Bondinho de Santa Teresa continua com obras paradas

Moradores do bairro reivindicam a reconstrução das linhas férreas

Moradores do bairro reivindicam a reconstrução das linhas férreas


TÂNIA RÊGO/ABR/JC
Às vésperas dos cinco anos do mais grave acidente com o bondinho de Santa Teresa - que deixou seis mortos e levou à suspensão do seu funcionamento -, as obras para a recuperação do sistema foram interrompidas. Desde o fim do mês passado, não se veem mais operários na área e trechos esburacados para a instalação de trilhos foram tapados.
Às vésperas dos cinco anos do mais grave acidente com o bondinho de Santa Teresa - que deixou seis mortos e levou à suspensão do seu funcionamento -, as obras para a recuperação do sistema foram interrompidas. Desde o fim do mês passado, não se veem mais operários na área e trechos esburacados para a instalação de trilhos foram tapados.
Oficialmente, o governo estadual diz que a intervenção "está em fase de planejamento das próximas etapas", mas, nas ladeiras de Santa Teresa, o temor de quem vive na região é que a grave crise financeira do estado paralise em definitivo a obra, cuja conclusão está agora prevista para dezembro de 2017.
Os moradores não estão receosos à toa. Este ano, nenhum centavo saiu dos cofres públicos para o bondinho. O orçamento prevê R$ 13 milhões, mas nenhum recurso foi pago ou empenhado. Além dos contratempos, os valores previstos para a obra foram turbinados por uma série de aditivos: em vez de custar R$ 58,6 milhões, ela custará R$ 125 milhões, 113% mais, sob a alegação de adaptações necessárias.
O primeiro aditivo, no valor de R$ 10,5 milhões, foi celebrado no início de junho de 2014. Desde então, vários acréscimos foram feitos, e, em abril deste ano, em meio à crise financeira que tem levado o estado a atrasar o salário de servidores, a Secretaria Estadual de Transportes aprovou o sétimo acréscimo, no valor de R$ 27,3 milhões, mesmo com o indicativo de que o governo teria dificuldades para continuar as intervenções.
Em 2015, o estado previa gastar R$ 20 milhões com a obra, valor que acabou reduzido para R$ 3,2 milhões. Ainda assim, somente R$ 2,3 milhões foram pagos, e R$ 940 mil ficaram em aberto, segundo o deputado estadual Luiz Paulo Correa da Rocha (PSDB). "Conseguiram milhões para entregar o metrô para a Olimpíada, mas para o bonde de Santa Teresa, uma obra que se arrasta há anos, não. É injustificável que a recuperação do sistema demore tanto tempo", critica o parlamentar.
Atualmente, apenas um pequeno trecho da linha do bondinho-símbolo de Santa Teresa está em operação e com horário reduzido. O serviço, em fase de testes, atende ao circuito Largo da Carioca-Largo dos Guimarães, de segunda-feira a sábado, das 11h às 16h. As saídas ocorrem a cada 20 minutos no ramal Guimarães, e a cada hora, no ramal Muratori.
"Já nos deu uma alegria (a fase atual de operação), mas pedimos que o funcionamento comece às 5h. O estado alega que, devido ao aumento da demanda que geraria, seria preciso ampliar e reformar a oficina para ter condições de fazer a manutenção", diz Teresa Cruz, uma das diretoras da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast). "Disseram que, quando tiverem dinheiro, vão priorizar a oficina, em vez de sair correndo com o trilho."
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