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Política

- Publicada em 26 de Julho de 2016 às 18:25

PF indicia Paulo Bernardo por corrupção passiva

 Bernardo chegou a ser preso, mas teve a detenção revogada pelo STF

Bernardo chegou a ser preso, mas teve a detenção revogada pelo STF


JOSÉ CRUZ/ABR/JC
A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-ministro dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) Paulo Bernardo por envolvimento nos crimes investigados pela Operação Custo Brasil, deflagrada em junho. A PF atribui a Bernardo, que ocupou as pastas do Planejamento e das Comunicações durante os governos petistas e foi preso pela operação, os crimes de organização criminosa e corrupção passiva no esquema que desviou R$ 100 milhões de contratos da empresa Consist com o Ministério do Planejamento.
A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-ministro dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) Paulo Bernardo por envolvimento nos crimes investigados pela Operação Custo Brasil, deflagrada em junho. A PF atribui a Bernardo, que ocupou as pastas do Planejamento e das Comunicações durante os governos petistas e foi preso pela operação, os crimes de organização criminosa e corrupção passiva no esquema que desviou R$ 100 milhões de contratos da empresa Consist com o Ministério do Planejamento.
O indiciamento de Paulo Bernardo, ou PB, como é conhecido no PT, foi concluído pela Polícia Federal na sexta-feira passada. Caberá agora ao Ministério Público Federal (MPF) analisar as provas reunidas pela PF e denunciar ou não o ex-ministro à Justiça.
A Operação Custo Brasil mirou contratos fraudulentos da Consist com o Ministério do Planejamento na época em que Paulo Bernardo comandou a pasta, entre 2005 e 2011. Cada funcionário do ministério que tivesse contratos de empréstimo consignado pagava um real à empresa a título de taxa de administração, serviço que custa, normalmente, cerca de 30 centavos.
O sobrepreço, que teria alcançado a cifra de R$ 100 milhões entre 2010 e 2015, era repassado a políticos, como Paulo Bernardo, além de operadores do esquema e, principalmente, o PT, por meio de dezenas de empresas-fantasma.
Em relação aos pagamentos feitos ao ex-ministro Paulo Bernardo, a PF identificou em cerca de 100 notas fiscais apreendidas um repasse de R$ 7.170.031,74 para o escritório do advogado Guilherme Gonçalves, que prestou assessoria jurídica às campanhas da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), mulher de Bernardo. Oitenta por cento desse valor seria destinado a pagar despesas do ex-ministro.
Segundo os investigadores da Custo Brasil, o acerto inicial era de que Paulo Bernardo receberia 9,6% do total do faturamento da Consist. Quando ele deixou o Ministério do Planejamento, em 2011, para assumir o das Comunicações, a propina destinada a ele foi reduzida para 4,8%, e entre 2014 e 2015, baixou novamente para 2,9%. Quem teria assumido o seu posto como mantenedor do esquema foi o então secretário de Gestão do Planejamento, Valter Correia da Silva.
Menos de uma semana após ser preso, Paulo Bernardo teve a detenção revogada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli. O magistrado considerou que a detenção do petista foi um "flagrante constrangimento ilegal" e, por isso, concedeu habeas corpus a favor dele. Embora tenha acolhido pedido da defesa de Bernardo, Toffoli rejeitou suspender as investigações da Operação Custo Brasil, como queriam os advogados.
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