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Política

- Publicada em 25 de Julho de 2016 às 20:04

Dilma diz que não participará da Rio 2016 em 'posição secundária'

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) disse ontem que não pretende participar dos eventos dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em uma "posição secundária". Em entrevista à Rádio França Internacional, afirmou que o evento tem condições de ocorrer de forma tranquila, principalmente se forem seguidos os procedimentos que já haviam sido estabelecidos na sua gestão, como na área de saúde e segurança dentro dos equipamentos onde acontecerão os jogos.
A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) disse ontem que não pretende participar dos eventos dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em uma "posição secundária". Em entrevista à Rádio França Internacional, afirmou que o evento tem condições de ocorrer de forma tranquila, principalmente se forem seguidos os procedimentos que já haviam sido estabelecidos na sua gestão, como na área de saúde e segurança dentro dos equipamentos onde acontecerão os jogos.
"Eu não pretendo participar da Olimpíada em uma posição secundária, porque ela é fruto de um grande trabalho do ex-presidente Lula e do grande esforço do governo federal, que viabilizou a estrutura do Parque Olímpico e da Vila Deodoro", disse Dilma.
Sobre a preocupação com atentados terroristas durante os jogos, a presidenta afastada disse que o Brasil manteve contato com unidades de inteligência de vários países com o objetivo de afastar esses conflitos.
Dilma foi afastada da presidência da República por 180 dias, no dia 12 de maio, após o Senado aprovar a admissibilidade do processo de impeachment. À Rádio França Internacional ela disse que "o sistema político brasileiro entrou em colapso por vários motivos", sendo um deles a sessão da Câmara dos Deputados do dia 17 de abril, quando, segundo ela, "parlamentares corruptos" proferiram votos contra a corrupção. Para ela, a descrença da população atinge a política em geral, e não apenas aqueles políticos que devem ser atingidos, na medida em que as pessoas igualam os políticos que têm práticas antiéticas e de corrupção. "Então, essa atividade, que é fundamental na democracia, passa a ser objeto de um processo de desqualificação, de descaracterização, e as pessoas passam a não querer saber de política", disse.
Há ainda, segundo Dilma, um grande surto de misoginia no Brasil e um componente sexista no seu afastamento da presidência da República. Apesar disso, para ela, as mulheres vieram para ficar no cenário político nacional quando a primeira mulher presidente foi reeleita com 54,5 milhões de votos.
Dilma voltou a afirmar que não autorizou pagamento de caixa-2 na sua campanha à presidência. Na semana passada, o publicitário João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, disseram que receberam pagamento no exterior referente a uma dívida de campanha do PT nas eleições de 2010. Segundo Dilma, entretanto, eles se referem a episódios que ocorreram dois anos depois de dissolvido o comitê financeiro e encerrada a campanha.
Ela explica, entretanto, que as acusações que levaram à abertura do processo de impeachment referem-se às chamadas pedaladas fiscais, a transferência de recursos do orçamento para o Plano Safra, e aos decretos de crédito suplementar. "É uma alegação, porque eles não tinham outro elemento para me acusar, e as questões relativas a qualquer investigação no Brasil não apresentam base para me acusar. Estou sendo julgada por um não crime", disse, afirmando que recorrerá ao STF caso seja aprovado seu impeachment.
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