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Congresso Nacional

- Publicada em 20 de Julho de 2016 às 16:45

Maia vai descontar salário dos faltosos nas votações

'Pauta marcada, deputado tem que estar presente', diz Rodrigo Maia

'Pauta marcada, deputado tem que estar presente', diz Rodrigo Maia


JOSÉ CRUZ/ABR/JC
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse, na manhã desta quarta-feira, que vai descontar salários dos deputados que não estiverem presentes às sessões convocadas ao longo desse segundo semestre.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse, na manhã desta quarta-feira, que vai descontar salários dos deputados que não estiverem presentes às sessões convocadas ao longo desse segundo semestre.
"Pauta marcada, deputado tem que estar presente. Em qualquer trabalho é assim. Se você marcou uma data para exercer, para que eles estejam aqui para votar, é importante que todos votem."
A prática, adotada pelo antecessor Eduardo Cunha (PMDB-RJ), havia sido suspensa na breve interinidade do primeiro vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), que esteve no comando entre 5 de maio, quando Cunha foi afastado por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF), até quinta-feira passada, quando Maia foi eleito para o mandato-tampão.
A prática se mostrou bem-sucedida durante a gestão Cunha, que conseguia manter o plenário cheio mesmo em dias que, tradicionalmente, o Congresso Nacional já tinha os corredores esvaziados, como às quintas-feiras.
Essa é intenção de Rodrigo Maia. Ele pretende convocar sessões, pelo menos em agosto, três vezes por semana, de segunda, dia em que normalmente os parlamentares ainda estão em seus estados, até quarta-feira.
O presidente está, desde terça-feira passada, discutindo com líderes da Casa como vai ser o ritmo do seu primeiro mês no comando. Disse que pretende começar destravando a pauta, com a votação das Medidas Provisórias (MPs) que aguardam votação e do projeto de renegociação da dívida dos estados.
Ontem, Maia disse que conversou com alguns líderes da oposição para terminar de desenhar seus primeiros passos na presidência da Câmara. Ele tem a missão de fazer avançar projetos importantes para o governo interino de Michel Temer (PMDB), como o teto de gastos e as reformas da Previdência e trabalhista.

Câmara e Senado terão agenda de votação expressa no 2º semestre

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiram firmar um acordo com o presidente interino Michel Temer (PMDB) para realizar uma agenda de votações expressa no segundo semestre. O acerto foi concretizado em jantar promovido por Temer no Palácio do Jaburu, com a presença de Renan, de Maia, do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), e do secretário especial de Concessões, Moreira Franco (PMDB).
Os detalhes da pauta que será votada ainda não foram definidos, mas os presidentes da Câmara e do Senado se comprometeram a fechá-la em breve com os líderes partidários. Na saída do jantar, Rodrigo Maia disse que, agora, existe diálogo entre a Câmara e o Senado para se construir uma pauta conjunta. Questionados sobre se a pauta de Temer é a prioridade, ele respondeu: "Sem dúvida nenhuma, é uma das agendas prioritárias". Ele destacou que é necessário votar as propostas dessa agenda a fim de reduzir o desemprego no País.
Na saída do encontro, Renan disse que Michel Temer não fez nenhum pedido específico a ele e Rodrigo Maia, mas destacou que, agora, haverá uma colaboração da Câmara e do Senado para se votar matérias de melhoria do ambiente econômico de uma forma "expressa".
Questionado sobre se haverá votação de propostas na campanha municipal, Rodrigo Maia disse que sim. "Cada um tem que fazer um sacrifício", respondeu.