Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 06 de Julho de 2016 às 22:40

Mais de 700 militantes deixam o PSTU e defendem uma nova esquerda

Vera Guasso está entre dissidentes

Vera Guasso está entre dissidentes


ANTONIO PAZ/JC
Marcus Meneghetti
Ao todo, 738 militantes do PSTU de todo o Brasil oficializaram ontem a saída do partido, por discordarem da política de alianças para as eleições e da postura da sigla em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Os dissidentes querem montar um movimento para discutir a construção de uma "nova esquerda socialista e revolucionária no Brasil". Entre as lideranças gaúchas que deixam a sigla, estão Vera Guasso, que concorreu a deputada estadual nas últimas eleições, e Matheus Gomes, candidato a deputado federal em 2014. Júlio Flores, candidato ao Senado no mesmo pleito, permanece no partido.
Ao todo, 738 militantes do PSTU de todo o Brasil oficializaram ontem a saída do partido, por discordarem da política de alianças para as eleições e da postura da sigla em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Os dissidentes querem montar um movimento para discutir a construção de uma "nova esquerda socialista e revolucionária no Brasil". Entre as lideranças gaúchas que deixam a sigla, estão Vera Guasso, que concorreu a deputada estadual nas últimas eleições, e Matheus Gomes, candidato a deputado federal em 2014. Júlio Flores, candidato ao Senado no mesmo pleito, permanece no partido.
Na "Carta à direção nacional do PSTU", os dissidentes criticaram o isolamento do partido nas eleições, evitando alianças não só com as agremiações de direita, mas também com as de esquerda. Para os ex-filiados, é necessário formar um terceiro campo político alternativo aos governos do PT e "a oposição burguesa (contra os petistas) e suas mobilizações reacionárias".
"Defendemos a unidade deste terceiro campo também nas eleições municipais de 2016. Propomos ao PSTU, ao P-Sol, ao PCB, às organizações políticas que não possuem legalidade e aos movimentos sociais a construção de uma Frente de Esquerda e Socialista, com um programa de ruptura com os planos de ajustes que são aplicados por todos os governos e prefeituras", defende a carta.
A direção da legenda emitiu nota em resposta ao documento dos dissidentes: "Em nossa opinião, os companheiros dão uma importância às eleições burguesas maior do que elas deveriam ter para os revolucionários". O ofício também sustenta que alianças com partidos como o P-Sol seriam contraditórias, pois "o projeto do P-Sol é radicalizar a democracia. O projeto do PSTU é fazer a revolução socialista. São coisas completamente diferentes".
Quanto ao impeachment - embora os dois grupos concordem que tanto o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) quanto o de Dilma devem ser "combatidos" -, os dissidentes defendem a participação nos protestos contra Temer.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO