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Opinião

- Publicada em 22 de Julho de 2016 às 16:57

A polêmica do Uber

A insatisfação da população porto-alegrense com os táxis, acumulada por décadas de péssimos serviços, não mudará tão cedo. Por isso, o Uber segue ganhando mercado, com preços mais acessíveis e um atendimento personificado. O fenômeno do Uber no Brasil, onde já pode ser acionado nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, não deve ser tratado como revolução tecnológica. Mas indica que o único serviço de transporte até pouco tempo utilizado só permanecia intacto pelo poder público diante de "interésses" muito bem acomodados. Agora, o cenário é outro, e uma coisa é certa: mesmo que o Uber esteja provocando distorções, elas devem vir para o bem. Sucessivamente, quebrarão um monopólio poderoso de concessão de placas em Porto Alegre. Por isso, devemos garantir um debate limpo e transparente para que não se permita a troca de um monopólio pelo outro. Estabelecer o poder nas mãos somente da iniciativa privada de um serviço essencialmente público poderia ser contraditório. Nesse sentido, um projeto que delimite a variação de tarifas no mercado seria uma boa ideia, tendo em vista o interesse do lucro pelos donos do aplicativo. Se o transporte público coletivo não é gratuito e não assegura a segurança do passageiro, se os táxis tradicionais não atendem às expectativas dos porto-alegrenses, então por que não se pode usar serviços alternativos? A verdade é que o Uber é um sintoma do que vivemos hoje, ou seja, novos aplicativos surgirão, e a competição se acirrará. Sem que haja uma regulamentação e uma fiscalização efetiva, haverá uma discrepância de oportunidades.
A insatisfação da população porto-alegrense com os táxis, acumulada por décadas de péssimos serviços, não mudará tão cedo. Por isso, o Uber segue ganhando mercado, com preços mais acessíveis e um atendimento personificado. O fenômeno do Uber no Brasil, onde já pode ser acionado nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, não deve ser tratado como revolução tecnológica. Mas indica que o único serviço de transporte até pouco tempo utilizado só permanecia intacto pelo poder público diante de "interésses" muito bem acomodados. Agora, o cenário é outro, e uma coisa é certa: mesmo que o Uber esteja provocando distorções, elas devem vir para o bem. Sucessivamente, quebrarão um monopólio poderoso de concessão de placas em Porto Alegre. Por isso, devemos garantir um debate limpo e transparente para que não se permita a troca de um monopólio pelo outro. Estabelecer o poder nas mãos somente da iniciativa privada de um serviço essencialmente público poderia ser contraditório. Nesse sentido, um projeto que delimite a variação de tarifas no mercado seria uma boa ideia, tendo em vista o interesse do lucro pelos donos do aplicativo. Se o transporte público coletivo não é gratuito e não assegura a segurança do passageiro, se os táxis tradicionais não atendem às expectativas dos porto-alegrenses, então por que não se pode usar serviços alternativos? A verdade é que o Uber é um sintoma do que vivemos hoje, ou seja, novos aplicativos surgirão, e a competição se acirrará. Sem que haja uma regulamentação e uma fiscalização efetiva, haverá uma discrepância de oportunidades.
Por tais motivos, quem deveria oferecer este serviço é a própria prefeitura, para a construção de um novo marco legal de transporte para a cidade. Seria a modernidade implementada pelos próprios agentes públicos; um serviço diretamente ligado ao ir e vir do cidadão e o melhor: sem a máfia das placas. A luta central não deve ser contra ou a favor do Uber, mas pelo fim das máfias que hoje exploram o negócio dos táxis. Trabalhismo de esquerda se constrói assim.
Advogado
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