Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 22 de Julho de 2016 às 15:44

Visão geopolítica do Mercosul

Os presidentes Lula, Kirchner, Fernando Lugo e Tabaré Vázquez botaram um ovo quando trouxeram a Venezuela para o Mercosul. Certamente estavam com o olho gordo para as gigantescas receitas do petróleo a US$ 120 o barril naqueles tempos e na mão aberta do falecido presidente Hugo Chávez. Ledo engano. Passados pouco mais de 10 anos e já se pode ver que em política externa tudo precisa ser formulado e analisado a longo prazo e que não se pode confundir, nem misturar, objetivos nacionais permanentes com interesses momentâneos de partidos no poder e alianças ideológicas de curto prazo.
Os presidentes Lula, Kirchner, Fernando Lugo e Tabaré Vázquez botaram um ovo quando trouxeram a Venezuela para o Mercosul. Certamente estavam com o olho gordo para as gigantescas receitas do petróleo a US$ 120 o barril naqueles tempos e na mão aberta do falecido presidente Hugo Chávez. Ledo engano. Passados pouco mais de 10 anos e já se pode ver que em política externa tudo precisa ser formulado e analisado a longo prazo e que não se pode confundir, nem misturar, objetivos nacionais permanentes com interesses momentâneos de partidos no poder e alianças ideológicas de curto prazo.
O que a Venezuela apresentou a seus novos sócios foram constrangimentos e insegurança. Se levar por diante que um Chávez rico era tão pesado quanto carregar um piano nas costas, trazer Nicolás Maduro falido é um peso insuportável. Ainda bem que o novo governo, com o pragmático José Serra (PSDB) no Itamaraty, está se livrando dessa mala sem alças.
Como membro da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal, já chamei atenção para as diferenças entre a cultura política dos países do Cone Sul e as nações do Caribe, como é a Venezuela. É dever do Brasil e de seus diplomatas alertar nossos sócios platinos dessas idiossincrasias, para evitar essas cenas lamentáveis que estamos assistindo neste momento com a completa inadequação do presidente Maduro para ser o chairman do Mercosul.
Não são poucos os teóricos que chamam atenção para a diversidade da América do Sul. Disto sabemos os brasileiros, pois é parte de nossa vida diferençar um Amazonas de um Rio Grande do Sul, mas sempre compatibilizando dentro de nossa unidade nacional. Por isto temos o know-how para alertar nossos vizinhos do Sul para esta discrepância, sem precisarmos entrar em outros detalhes menos prosaicos. Com todo o respeito, mesmo o olho grande no caixa bolivariano revelou-se um fiasco, pois aí estão as empresas que venderam mercadorias ou serviços para a Venezuela amargando calotes, e os tomadores dos títulos de nosso vizinho do norte engolindo um mico gigantesco.
Precisamos, isto sim, é botar o Mercosul nos trilhos, tema do alto interesse nacional e de grande relevância para o Rio Grande do Sul.
Senador (PDT)
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO