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Opinião

- Publicada em 19 de Julho de 2016 às 14:37

Liberalismo: atenção, o último trem vai partir

Nos postos de saúde e nos hospitais, gente pobre se arrasta. Nos leitos, onde cabem 10, empilham-se duas ou três vezes mais pessoas. Cirurgias urgentes são marcadas para "o próximo ano". Até o gado tem melhor tratamento. Que tristeza! Nas escolas públicas, tanto professores com alta vocação e qualificação quanto os de formação precária, empurram alunos para a falta de capacitação. Que tristeza!
Nos postos de saúde e nos hospitais, gente pobre se arrasta. Nos leitos, onde cabem 10, empilham-se duas ou três vezes mais pessoas. Cirurgias urgentes são marcadas para "o próximo ano". Até o gado tem melhor tratamento. Que tristeza! Nas escolas públicas, tanto professores com alta vocação e qualificação quanto os de formação precária, empurram alunos para a falta de capacitação. Que tristeza!
(Poucos políticos se dão conta que assim era a Coreia do Sul antes da guerra com a do Norte, e que aquela investiu maciçamente em educação, principalmente primária, para depois, investir em tecnologia de ponta). Na segurança pública irrompem assaltos, arrastões, sequestros e assassinatos todos os dias - hoje ninguém sai às ruas sem temor! Sem medo!
Que tristeza! Ora! Saúde, educação e segurança pública não são as maiores prioridades de um Estado, em qualquer parte do planeta? Claro que sim. Mas nem parece. Por exemplo, qual é a prioridade número um das prefeituras municipais? Asfalto, pavimentação para o trânsito de automóveis; ou o preenchimento de cargos em comissão (CCs) destinados a cabos eleitorais aproveitadores; por vezes, também recursos para alguns festivais - da "laranja de umbigo, apresentadas por encantadoras garotas".
Todavia, para o atendimento satisfatório dos setores de saúde, educação e segurança pública, torna-se indispensável que o Estado diminua investimentos além desses setores.
Por igual, privatizar tudo que for possível. Para isso, confiar no setor privado - grandes ou pequenas empresas - que, em matéria do crescimento econômico e da ampliação do emprego, não costuma andar de carroça ou de charrete. Anda num de trem de alta velocidade.
Por tudo isso, convém ouvir os apitos. São os do último trem que vai partir. O próximo nem se sabe se chegará. Ou chegará tarde demais.
Vereador (PP), ex-prefeito de Porto Alegre
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