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Estados Unidos

- Publicada em 25 de Julho de 2016 às 15:24

Democratas suspeitam de interferência russa em eleição

Sanders defendeu a realização de novas eleições no país

Sanders defendeu a realização de novas eleições no país


BRENDAN SMIALOWSKI/AFP/JC
O vazamento de quase 20 mil e-mails de servidores da direção do Partido Democrata levantou suspeitas de que o governo russo estaria tentando interferir na eleição presidencial norte-americana. As mensagens, vazadas primeiro por um suposto hacker e depois pelo WikiLeaks, mostram evidências de que a máquina do partido estava sendo usada contra Bernie Sanders, adversário de Hillary Clinton nas prévias que indicaram o candidato democrata.
O vazamento de quase 20 mil e-mails de servidores da direção do Partido Democrata levantou suspeitas de que o governo russo estaria tentando interferir na eleição presidencial norte-americana. As mensagens, vazadas primeiro por um suposto hacker e depois pelo WikiLeaks, mostram evidências de que a máquina do partido estava sendo usada contra Bernie Sanders, adversário de Hillary Clinton nas prévias que indicaram o candidato democrata.
O vazamento provocou a renúncia de Debbie Wasserman Schultz da presidência do partido, após mensagens revelarem que ela se referiu ao chefe de campanha de Sanders, Jeff Weaver, como "um mentiroso desgraçado", além de ter descrito o senador como um estranho no ninho democrata.
De acordo com o jornal The New York Times, embora seja difícil apontar a origem de um ciberataque, pesquisadores concluíram que o servidor foi invadido por duas agências de inteligência da Rússia, que seriam as mesmas por trás de invasões contra a Casa Branca, o Departamento de Estado e o Estado-Maior Conjunto, no ano passado. As informações digitais dos e-mails vazados apontariam que os documentos passaram por computadores russos. Um hacker teria reivindicado o envio dos e-mails ao WikiLeaks, mas as agências seriam as principais suspeitas.
Ainda de acordo com o jornal, não se sabe se o vazamento foi ordem do presidente russo, Vladimir Putin, ou conduzido por burocratas tentando agradá-lo. O chefe de campanha de Hillary, Robby Mook, afirmou que os e-mails teriam sido vazados "pelos russos com o propósito de ajudar Donald Trump", citando "especialistas", embora não tenha apresentado nenhuma outra evidência.
O candidato republicano já manifestou interesse em "se dar bem com a Rússia" caso seja eleito e elogiou Putin, afirmando que ele era mais líder que Barack Obama. O mandatário russo também fez elogios ao candidato. Na noite de domingo, o magnata se manifestou no Twitter sobre o assunto: "A nova piada do momento é que a Rússia teria vazado os desastrosos e-mails da direção democrata, porque Putin gosta de mim".
Até agora, evidências sugerem que o ataque foi conduzido por duas agências, separadamente. Não se sabe, segundo o jornal norte-americano, como o WikiLeaks recebeu as mensagens. A divulgação do vazamento, no entanto, ocorreu pouco antes do início da convenção democrata, o que levanta suspeitas de que a data para a divulgação das informações tenha sido planejada.
Invasões do tipo, destinadas a roubar e-mails e outros segredos dos serviços de inteligência, não seriam incomuns. Segundo o jornal, porém, o envio dos e-mails ao WikiLeaks sugere que as descobertas teriam se tornado armas para influenciar a eleição presidencial. Por meio de sua empresa de lobby, o estrategista da campanha de Trump, Paul Manafort, foi um dos conselheiros norte-americanos de Viktor Yanukovytch, ex-líder ucraniano apoiado pelos russos e tirado do poder há cerca de dois anos.
 

Tiroteio em boate deixa dois jovens mortos

Dois adolescentes morreram e outras 17 pessoas ficaram feridas em um tiroteio, por volta de 12h30min (1h30min em Brasília) de ontem, no estacionamento da boate Club Blu, em Fort Myers, na Flórida. As autoridades locais informaram ainda não saber a motivação para a violência, mas já descartaram que se trate de terrorismo. Três pessoas foram detidas.
O tiroteio ocorreu apenas seis semanas após o massacre na boate gay Pulse, em Orlando, ter matado 49 pessoas. Na ocasião, o ataque foi classificado pelo presidente Barack Obama como de "extremismo doméstico".
Os dois jovens mortos foram identificados como Sean Archilles, de 14 anos, e Stefan Strawder, de 18. Strawder era um jogador de basquete em ascensão na região e jogava em sua escola. Outras 17 pessoas, com idades entre 12 e 27 anos, ficaram feridas.
A boate Club Blu dava uma festa com a temática de trajes de banho para pessoas de todas as idades. Pelo Facebook, o estabelecimento disse que o tiroteio ocorreu quando a festa tinha acabado e os pais já estavam buscando seus filhos. "Tentamos dar aos adolescentes o que pensamos que seria um lugar seguro para se divertirem", disse o comunicado da boate, que informou ainda que a casa contava com seguranças dentro e fora dela. "Não foram os jovens da festa que cometeram esse ato desprezível."