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Internacional

- Publicada em 19 de Julho de 2016 às 14:55

Governo cancela licença de emissoras

Apoiadores de Erdogan foram às ruas de Istambul ontem em favor do presidente

Apoiadores de Erdogan foram às ruas de Istambul ontem em favor do presidente


ARIS MESSINIS/AFP/JC
O órgão que fiscaliza emissoras na Turquia vai cancelar as licenças de rádios e TVs que tiverem ligação com o grupo apontado pelo governo como responsável pela tentativa de golpe ocorrida no fim de semana.
O órgão que fiscaliza emissoras na Turquia vai cancelar as licenças de rádios e TVs que tiverem ligação com o grupo apontado pelo governo como responsável pela tentativa de golpe ocorrida no fim de semana.
O Conselho Supremo de Rádio e Televisão aprovou, por unanimidade, a revogação das permissões para "qualquer emissora de rádio ou televisão ligada ou que apoie" o grupo relacionado ao clérigo Fetullah Gulen.
A decisão não indica, no entanto, quais veículos foram afetados, deixando espaço aberto à interpretação. A associação turca de jornalistas afirmou estar discutindo a norma e, por isso, ainda não pode comentá-la. O cerco à imprensa, antes e depois da tentativa de golpe, tem sido condenado por grupos dentro e fora da Turquia.
Quatro dias após o levante, o governo de Recep Tayyip Erdogan continua o expurgo de milhares de funcionários, iniciado no sábado. Ontem, o Ministério da Educação afastou 15.200 funcionários por alegado envolvimento com o grupo responsável pela insurgência. A nova rodada de expurgos se estendeu a um órgão religioso e outro de inteligência. A limpa continuou também entre os militares, com a detenção de generais e almirantes pelo suposto envolvimento no movimento.
O premiê turco, Binali Yildirim, negou a existência de um "espírito de vingança" contra os golpistas. "Uma coisa assim é absolutamente inaceitável no Estado de direito", disse ele. Ontem, milhares de pessoas foram às ruas de Istambul com bandeiras do país para manifestar apoio à Erdogan.
Zeid Ra'ad al-Hussein, representante da Organização das Nações Unidas (ONU) para assuntos de direitos humanos, manifestou choque com o afastamento em massa de centenas de juízes, na sequência da tentativa de golpe na sexta-feira. Ele também afirmou que a possibilidade da volta da pena de morte ao país, mencionada na segunda-feira por Erdogan, seria "um grande passo na direção errada" e violaria as responsabilidades da Turquia sob as normas internacionais.
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