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Internacional

- Publicada em 17 de Julho de 2016 às 17:16

Governo prende 6 mil por tentativa de golpe de Estado

Em Ancara e Istambul, foram realizadas cerimônias para as 265 vítimas

Em Ancara e Istambul, foram realizadas cerimônias para as 265 vítimas


ARIS MESSINIS/AFP/JC
O ministro da Justiça da Turquia, Bekir Bozdag, afirmou que chegou a 6 mil o número de presos suspeitos de apoiarem a tentativa de golpe contra o governo de Racep Yayyip Erdogan. Entre eles está Ali Yazici, um militar de alta patente que atuava como uma espécie de assistente do presidente, segundo a CNN local.
O ministro da Justiça da Turquia, Bekir Bozdag, afirmou que chegou a 6 mil o número de presos suspeitos de apoiarem a tentativa de golpe contra o governo de Racep Yayyip Erdogan. Entre eles está Ali Yazici, um militar de alta patente que atuava como uma espécie de assistente do presidente, segundo a CNN local.
No sábado, poucas horas após conflitos que deixaram 265 mortos, o governo turco havia anunciado a prisão de cerca de 2.800 militares, entre os quais dois generais de alta patente, e a expulsão de 2.745 juízes, inclusive um da Suprema Corte do país, Alparslan Altan.
Em discurso durante um funeral para as vítimas da tentativa de golpe, ontem, Erdogan prometeu continuar a limpar o "vírus" de todas as instituições do Estado. "Ainda vamos jogar luz sobre a hierarquia deste golpe", declarou o presidente, que participou de solenidades fúnebres em Ancara e Istambul.
Por meio de um comunicado divulgado pela agência estatal de notícias Anadolu, o comando das Forças Armadas da Turquia confirmou que a tentativa de golpe foi neutralizada. "Esse ato, cometido por iniciativa de um bando de traidores terroristas incorporados no serviço militar turco, foi rejeitado por uma maioria esmagadora dos membros das Forças Armadas e também pela polícia", afirma no documento o Estado-Maior da República da Turquia.
O chefe da diplomacia francesa, Jean-Marc Ayrault, alerta que a tentativa de deposição não dá a Erdogan um "cheque em branco" para agir contra seus adversários. Segundo ele, Bruxelas deve pedir hoje que a Turquia siga os "princípios democráticos da Europa" ao punir os suspeitos de conspirar contra o Estado.
Na madrugada de ontem, uma multidão de apoiadores de Erdogan, hasteando bandeiras turcas, clamou pelo enforcamento dos suspeitos durante uma vigília nas ruas que lotou a praça Taksim, no Centro de Istambul. Há três anos, o local foi cena de grandes protestos antigoverno.
 
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