Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 08 de Julho de 2016 às 12:06

Obama diz que está "horrorizado" com morte de policiais por franco-atiradores em Dallas

As mortes ocorreram em meio a protestos pela violência policial contra negros no país

As mortes ocorreram em meio a protestos pela violência policial contra negros no país


Laura Buckman/AFP/JC
A execução de cinco policiais em Dallas, no estado do Texas nos Estados Unidos, provocou forte reação do presidente norte-americano, Barack Obama. Dois franco-atiradores atingiram os agentes, deixando mais seis baleados. O fato ocorreu em meio a protestos contra a violência policiais contra negros no país.
A execução de cinco policiais em Dallas, no estado do Texas nos Estados Unidos, provocou forte reação do presidente norte-americano, Barack Obama. Dois franco-atiradores atingiram os agentes, deixando mais seis baleados. O fato ocorreu em meio a protestos contra a violência policiais contra negros no país.
De Varsóvia, na Polônia, Obama disse, nesta sexta-feira (8) que os Estados Unidos estão "horrorizados" e considerou que a ação parece ter sido um ataque coordenado contra autoridades policiais. O presidente declarou que não há justificativa para a violência.
Obama definiu o fato "como perverso, calculado e desprezível contra autoridades" e advertiu que não há justificativa para o ataque. O presidente americano está em contato com o prefeito de Dallas, Mike Rawlings.
"Sabemos que, quando as pessoas estão armadas com armas poderosas, isso faz ataques como esses serem mais mortais e trágicos. Nos próximos dias, teremos que considerar essas realidades também."
Sobre os assassinatos de negros por policiais em menos de 24 horas nos estados de Louisiana e Minnesota, Obama havia declarado na quinta-feira (7) que "este é um problema americano". A secular tensão racial americana ganhou novos contornos com a tecnologia: os dois casos foram filmados e, o último, transmitido ao vivo pelo Facebook, gerando uma onda de protestos em todo o país. Obama pediu que as polícias locais implementem as reformas sugeridas por uma força-tarefa no ano passado, após outros casos semelhantes.
Protestos ocorreram em todos os EUA. Em grandes cidades, como Nova York e Chicago, grandes marchas chegaram a parar trechos importantes das cidades no início da noite desta quinta-feira. Obama reforçou o pedido de reforma nas polícias.
"Se destas tragédias pode sair algo de bom, minha esperança reside em que as comunidades espalhadas pelo país digam: "Como aplicar estas recomendações?", ressaltou o presidente. "Algumas jurisdições adotaram estas recomendações. Muitas não o fizeram."

Morte ao vivo pelo Facebook

A morte em Falcon Heights gerou ainda mais comoção do que a ocorrida na Louisiana, no dia anterior, por ter sido transmitida ao vivo pelo Facebook. O vídeo já foi visto por mais de 4,2 milhões de pessoas, que assistiram aos minutos finais da vida de Philando Castile, de 32 anos, na gravação feita pela namorada, Diamond Reynolds.
A filmagem começa quando Castile já havia sido alvejado com quatro tiros. De acordo com ela, a polícia parou o carro numa blitz por causa de uma lanterna que não funcionava. Segundo relato da namorada, a vítima afirmara que tinha uma arma e porte para carregá-la, e se virou para trás para pegar documentos. Então, conta, o policial atirou nele: é possível ver o agente com a arma na mão, dizendo: "Eu disse para você manter as mãos levantadas e não se movimentar!"
O incidente ocorreu apenas um dia depois da morte de Alton Sterling, de 37 anos, morto a tiros pela polícia durante um incidente em Baton Rouge, na Louisiana. Ele vendia CDs piratas na porta de uma loja de conveniências quando foi abordado, imobilizado e baleado quatro vezes à queima-roupa, desatando protestos em mais um caso de suposta violência policial no país. Segundo o chefe de polícia de Louisiana, Sterling estava armado, mas as circunstâncias do incidente ainda não estão claras.
O FBI (a polícia federal americana) foi chamado para investigar os dois casos. Autoridades e especialistas em questões raciais dos EUA, contudo, temem que ocorra mais impunidade. Outros afirmam que pode haver, junto com a nova onda de protestos pelo país, repressões violentas em alguns locais, como ocorreu após a morte de Michael Brown, em agosto de 2014, na cidade de Ferguson, no Missouri.
Com Agência Globo
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO