O diretor do FBI (a polícia federal norte-americana), James Comey, afirmou ontem que não irá recomendar o indiciamento da virtual candidata democrata à presidência, Hillary Clinton, pelo uso de servidor privado para trocar cerca de 60 mil e-mails. A secretária de Justiça dos EUA, Loretta Lynch, já sinalizou que acataria a orientação do FBI, anunciada horas antes de o presidente Barack Obama embarcar para o primeiro comício conjunto com Hillary, na Carolina do Norte.
Na semana passada, um encontro entre Lynch e o ex-presidente Bill Clinton no aeroporto de Phoenix foi alvo de escrutínio. Os dois conversaram por cerca de meia hora, o que só se tornou público porque um repórter local soube da reunião. Lynch diz que eles falaram sobre os netos, e não sobre a investigação em andamento.
Com a decisão, a ex-secretária de Estado remove a segunda grande sombra que pairava sobre sua campanha. No fim de junho, um comitê no Congresso apresentou, após 24 meses e US$ 7 milhões, seu relatório final sobre a responsabilidade do Departamento de Estado na morte de quatro norte-americanos (entre eles um embaixador) na Líbia, em 2012. O documento repisou velhas críticas à atuação de Hillary no dia, mas não trouxe nada de novo contra ela.