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Educação

- Publicada em 07 de Julho de 2016 às 22:34

Professores encerram greve mais longa em 25 anos

Retorno às atividades foi aprovado em assembleia nesta quinta-feira

Retorno às atividades foi aprovado em assembleia nesta quinta-feira


JONATHAN HECKLER/JC
A greve mais longa de professores e funcionários da rede estadual nos últimos 25 anos teve fim nesta quinta-feira, após a categoria aprovar em assembleia o retorno às salas de aula. Durante 53 dias, os trabalhadores estiveram mobilizados por melhores condições de trabalho, pela qualificação das instituições de ensino e por reajuste salarial.
A greve mais longa de professores e funcionários da rede estadual nos últimos 25 anos teve fim nesta quinta-feira, após a categoria aprovar em assembleia o retorno às salas de aula. Durante 53 dias, os trabalhadores estiveram mobilizados por melhores condições de trabalho, pela qualificação das instituições de ensino e por reajuste salarial.
Na segunda-feira, as aulas serão retomadas e o calendário de recuperação dos dias parados começará a ser elaborado. Para a presidente do Cpers/Sindicato, Helenir Aguiar Schürer, o resultado mais positivo da greve foi a aproximação dos educadores com os alunos e pais. "Conseguimos abrir um processo de discussão com a comunidade sobre a escola que queremos. Os estudantes fizeram muito bem a gestão das ocupações e conseguiram que o governo liberasse R$ 40 milhões para a reforma das escolas, pagasse a verba atrasada às instituições e regularizasse a merenda", avaliou.
Segundo Helenir, no que se refere aos docentes, a paralisação levou à revogação da portaria que retirava o adicional pago para trabalhadores de escolas de difícil acesso e a promessa de não votar, até o final do ano, o Projeto de Lei 44, que abriria possibilidade de privatização do ensino público.
"Seguiremos atentos a isso e pretendemos continuar atuando na Assembleia Legislativa contra o PL 190 (que institui o programa Escola Sem Partido). Também tivemos a sinalização do governo de construção de uma mesa de negociação que trate sobre o reajuste salarial da categoria neste segundo semestre", afirmou a presidente.
Os professores receberam na quarta-feira, do secretário estadual da Educação, Luís Alcoba de Freitas, a garantia de que os dias parados não seriam descontados mediante a recuperação das aulas perdidas. Em nota, a pasta informou que, buscando cumprir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), com um mínimo de 200 dias letivos, cada escola deverá ajustar o seu calendário escolar, conforme acordo firmado com o Cpers.
 

Consun elege novo reitor da Ufrgs nesta sexta-feira

A eleição do reitor e do vice-reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) pelo Conselho Universitário (Consun) ocorre nesta sexta-feira. A sessão está marcada para as 9h, na Sala dos Conselhos, no segundo andar do prédio da Reitoria, na avenida Paulo Gama, em Porto Alegre.
No dia 16 de junho, a comunidade universitária elegeu os representantes da Chapa 3, o atual vice-reitor Rui Vicente Oppermann (Odontologia) e a professora Jane Tutikian (Letras), como novos reitor e vice-reitor. Após o resultado do Consun, uma lista tríplice será encaminhada ao presidente da República interino, Michel Temer, para que a nomeação seja efetuada. Os representantes da Chapa 1 são Carlos Alberto Saraiva (Ciências da Saúde) e Laura Vinas (Biociências), e os da 2, Sérgio Roberto Kieling Franco (Educação) e Andréa Machado Leal Ribeiro (Agronomia).
No entanto, a suspeita de que irregularidades tenham ocorrido durante o processo de consulta à comunidade acadêmica pode anular a eleição. No dia da consulta, o diretor da Faculdade de Medicina, José Geral Lopes Ramos, utilizou o e-mail e a lista de e-mails institucionais para indicar o voto na Chapa 3, do atual vice-reitor. O também professor Fernando Pulgati denunciou a irregularidade à comissão eleitoral e à comissão de ética da consulta, pedindo a anulação das urnas da Faculdade de Medicina e do Hospital de Clínicas da Ufrgs, ambas dirigidas por Ramos.
Sem ter conhecimento do recurso, a comissão eleitoral chegou a confirmar o resultado no dia 2. Avisada sobre o recurso, se reuniu às pressas e despachou no mesmo dia, indeferindo o pedido. A comissão de ética também negou o processo. Foi feito um pedido de reconsideração à comissão de ética, que ainda não foi julgado. Por esse motivo, parte dos conselheiros universitários entende que a eleição não pode ocorrer nesta sexta-feira, uma vez que não se esgotaram as possibilidades de recurso.
Para protestar contra a possível irregularidade, entidades representativas dos técnico-administrativos, dos estudantes e dos professores prometem manifestações em frente ao Consun nesta sexta-feira. Eles reivindicam democracia, paridade e transparência na universidade.