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Conjuntura

- Publicada em 26 de Julho de 2016 às 20:06

Não é momento para corte de juros, diz ata do Copom

Com recados claros para o mercado financeiro, governo e Congresso Nacional, o Banco Central (BC) afirmou que não pode cortar juros neste momento, apesar da recessão econômica. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) aponta para um período maior de taxa básica em 14,25% ao ano. Nela, os dirigentes da autoridade monetária disseram que não há espaço para um alívio na política de controle inflacionário porque as expectativas para os preços - feita pelos analistas - ainda estão muito longe da meta de 4,5%. Frisaram também que a velocidade do processo de desinflação depende da aprovação das medidas de controle de gastos enviadas ao Legislativo.
Com recados claros para o mercado financeiro, governo e Congresso Nacional, o Banco Central (BC) afirmou que não pode cortar juros neste momento, apesar da recessão econômica. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) aponta para um período maior de taxa básica em 14,25% ao ano. Nela, os dirigentes da autoridade monetária disseram que não há espaço para um alívio na política de controle inflacionário porque as expectativas para os preços - feita pelos analistas - ainda estão muito longe da meta de 4,5%. Frisaram também que a velocidade do processo de desinflação depende da aprovação das medidas de controle de gastos enviadas ao Legislativo.
Os membros do Copom concordam que houve melhora perceptível do cenário macroeconômico e que indicadores recentes mostram perspectiva de estabilização da atividade econômica no curto prazo. Houve progressos também no controle da inflação, principalmente por causa das quedas das estimativas para os próximos dois anos, mas numa velocidade aquém da almejada. O BC falou claramente que a sua política depende das projeções do mercado. "O Comitê deve procurar conduzir a política monetária de modo que suas projeções de inflação, inclusive no cenário de mercado, apontem inflação na meta nos horizontes relevantes."
A aposta do mercado está em IPCA de 7,25% para este ano. Está mais alta que as previsões feitas nos modelos do BC. Tanto no chamado cenário de referência (quando o Copom faz a conta com juros e câmbio estáveis), quanto no cenário de mercado (quando usa as estimativas dos analistas para fazer as projeções), os cálculos apontam para inflação em torno de 6,75%. O BC observa que contempla desinflação na economia brasileira nos próximos anos, mas aponta que as expectativas do mercado ainda não convergiram.
"Para 2017, a desinflação até a meta ocorre sob as hipóteses do cenário de referência. Entretanto, no cenário de mercado, a desinflação ocorre em velocidade aquém da perseguida pelo Comitê", alerta o Copom, que explica que sob as hipóteses do cenário de mercado, a inflação para 2017 situa-se em torno de 5,3%.
Segundo o Copom, há riscos de curto prazo para a inflação. A elevação recente nos preços de alimentos pode se mostrar persistente por causa da transmissão dos preços do atacado para o varejo. Em contrapartida, o período sazonalmente favorável - por causa da safra - pode contribuir para uma reversão rápida dos preços. O Copom alerta que a experiência brasileira mostra que períodos longos de inflação alta e expectativas acima da meta reforçam mecanismos inerciais e tornam a desinflação mais lenta e custosa.

Dólar fecha em baixa com apostas em ingresso de recursos

Após subir ao patamar de R$ 3,29 nos primeiros negócios em meio à queda do petróleo e expectativas do leilão de swap reverso, o dólar passou a cair, renovou mínimas no começo da tarde e fechou em baixa de 0,50%, cotado a R$ 3,2720. No mercado futuro, o dólar para agosto encerrou em baixa de 0,50%, aos R$ 3,2805.
A perda de força se apoiou na ata da reunião do Copom da semana passada, que consolidou a ideia no mercado de que a Selic não será reduzida no encontro do colegiado em agosto, mas poderá começar a cair apenas em outubro. A recuperação de preços do petróleo no começo da tarde contribuiu ainda para o recuo do dólar ante o real.
Com a perspectiva de continuidade da Selic em 14,25% por um tempo maior e as especulações sobre novos estímulos do Banco do Japão (BoJ) nesta sexta-feira e do Banco da Inglaterra (BoE) no início de agosto, os agentes de câmbio apostaram em ingressos de recursos no mercado local.
Além disso, está no radar a reunião de política monetária de dois dias do Federal Reserve (Fed), que termina hoje. A expectativa é de que o comunicado do encontro poderá trazer algum sinal sobre quando o juro voltará a subir nos Estados Unidos. A taxa dos Fed Funds aumentou para a faixa de 0,25% a 0,50% em dezembro de 2015.
O compasso de espera por definições nos cenários interno e externo levou a Bovespa a andar "de lado" mais uma vez nesta terça-feira, oscilando em um intervalo pequeno, e com o fechamento próximo da estabilidade. Ao final da sessão, o Índice Bovespa teve baixa de 0,16%, aos 56.782 pontos. O volume de negócios na bolsa brasileira totalizou R$ 6,187 bilhões.
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