As indústrias gaúchas estão mais endividadas e enfrentam dificuldades para obter de capital de giro. Estas são algumas conclusões da Sondagem Industrial Especial Financiamento para Capital de Giro, divulgada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) nesta segunda-feira (25).
De acordo com a pesquisa, realizada com 289 empresas (245 do segmento de transformação e 44 de construção), para 41,8% dos empresários consultados a relação entre a evolução da dívida e o lucro operacional se manteve inalterada no primeiro trimestre de 2016. Mas para 39,5% dos entrevistados, o endividamento aumentou. Apenas 8,9% dos entrevistados observou a redução da relação entre dívida e lucro.
"Com a evolução do endividamento, cresceram as dificuldades financeiras das empresas, determinando a necessidade de financiar a continuidade de suas operações, sobretudo para pagar fornecedores, dívidas anteriores e despesas com funcionários", comentou em nota o presidente da Fiergs, Heitor José Müller, após análise dos dados.
A pesquisa aponta ainda que 54,2% das empresas procuraram crédito para capital de giro no primeiro trimestre de 2016.
Destas, 27,5% contrataram nova linha de crédito e 47,1% renovaram linhas já existente. Já 25,4% das empresas que foram aos bancos não conseguiram contratar ou renovar linhas de crédito.
Das empresas que renovaram sua linhas de crédito para capital de giro, a ampla maioria, 59,9%, afirma ter adquirido o financiamento em condições piores.