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- Publicada em 24 de Julho de 2016 às 20:14

Itaú terá bandeira para concorrer com a Elo

Cade impede que nova marca remeta ao Itaú ou à Mastercard

Cade impede que nova marca remeta ao Itaú ou à Mastercard


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A nova bandeira de cartões de Itaú Unibanco e Mastercard deve entrar em operação no início do ano que vem. A marca, que teve sua estreia adiada pelo tempo que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) levou para aprovar a joint venture entre as duas empresas, vai bater de frente com Elo, de Bradesco, Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal, que soma mais de 95 milhões de cartões.
A nova bandeira de cartões de Itaú Unibanco e Mastercard deve entrar em operação no início do ano que vem. A marca, que teve sua estreia adiada pelo tempo que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) levou para aprovar a joint venture entre as duas empresas, vai bater de frente com Elo, de Bradesco, Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal, que soma mais de 95 milhões de cartões.
A expectativa, segundo Marcos Magalhães, diretor de cartões do Itaú, é que a bandeira esteja em operação no primeiro trimestre de 2017 ou, na pior das hipóteses, no início do segundo. Os sócios estão definindo o nome. A marca, que será estampada nos cartões de débito e crédito, não pode, por determinação do Cade, remeter ao Itaú ou à Mastercard para evitar, na visão do órgão, migração da base de clientes.
A aliança operacional com a Mastercard deveria ter sido iniciada em 2015, mas ficou à mercê do Cade, que considerou o negócio "complexo" em novembro passado. A expectativa dos sócios havia sido renovada para este ano, mas, em janeiro de 2016, o órgão recomendou a impugnação do ato de concentração entre o banco e a bandeira. O caso, então, foi encaminhado ao tribunal do Cade, que aprovou o novo arranjo há pouco mais de dois meses.
O negócio entre a maior instituição financeira privada do País e a Mastercard foi considerado, por muitos, como uma resposta à ofensiva de seus concorrentes por meio da marca Elo. Mas o executivo do Itaú diz que a bandeira de Bradesco, BB e Caixa trouxe efeitos mais significativos ao mercado de adquirência, e não necessariamente para os emissores de cartões.
A Cielo, controlada por Bradesco e BB, conseguiu manter sua fatia de cerca de 53% intacta desde a abertura do mercado, em 2010, na medida em que era a única que capturava as transações da Elo. Em contrapartida, a Rede, do Itaú, perdeu nove pontos porcentuais desde então, sob a justificativa de que está focada em rentabilidade. Além disso, a Rede ainda teve de ser integrada ao Itaú após o banco fechar o capital da ex-Redecard. Ao mesmo tempo, a GetNet, do Santander, ganhou mercado. Hoje, as maiores do setor já capturam Elo, mas a bandeira ainda segue inacessível para novos entrantes, segundo fontes. Apesar do lançamento da nova bandeira, a Hipercard, segundo o diretor de cartões do Itaú, será mantida. Com 5 milhões de cartões ativos, tem fatia de mercado próxima dos 4%. "A Hipercard tem 40 anos e é muito forte no Norte e Sul do País. As bandeiras vão operar de forma simultânea", diz Magalhães.

'Troca com troco' aumenta na crise

Em tempos de restrição de crédito e aperto no orçamento, trocar de carro e ainda sair com dinheiro no bolso pode parecer uma oferta vantajosa, ainda mais por causa das taxas de juros mais baixas do que as praticadas no empréstimo pessoal. A modalidade "troca com troco" ganha apelo com a crise, mas exige atenção na hora de fechar o negócio para que o consumidor não faça um mau negócio.
No Banco do Brasil, por exemplo, o saldo da carteira da modalidade "troca com troco" registrou crescimento de 18% ao fim do primeiro semestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015. O valor médio contratado foi de R$ 40 mil. A proposta é trocar o carro atual por outro mais barato e, assim, sair com dinheiro no bolso.
Segundo um levantamento da Proteste, associação de defesa dos direitos do consumidor, o primeiro problema está na subavaliação do veículo oferecido na troca. Anonimamente, a entidade visitou quatro concessionárias e duas revendedoras, com um carro cujo valor de mercado é de R$ 28.095, segundo a tabela Fipe. As ofertas das empresas, porém, ficaram de R$ 3 mil a R$ 6 mil abaixo do preço de tabela. Além do deságio, as concessionárias ofereceram veículos novos ou seminovos na troca, com valor superior ou equivalente ao do oferecido. Para que o negócio seja vantajoso para o bolso, o ideal é adquirir um veículo mais em conta.