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Economia

- Publicada em 24 de Julho de 2016 às 19:16

G-20 vê volatilidade pós-Brexit melhor que previsto, diz Ilan Goldfajn

Estadão Conteúdo
O grupo das 20 maiores economias do mundo, o G-20, avaliou que a reação dos mercados financeiros à decisão dos britânicos de deixar a União Europeia foi "melhor que o esperado". A afirmação foi feita pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que ressaltou que o chamado Brexit é um novo fator de risco à economia global e que afeta as perspectivas de crescimento.
O grupo das 20 maiores economias do mundo, o G-20, avaliou que a reação dos mercados financeiros à decisão dos britânicos de deixar a União Europeia foi "melhor que o esperado". A afirmação foi feita pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que ressaltou que o chamado Brexit é um novo fator de risco à economia global e que afeta as perspectivas de crescimento.
"Entre os vários membros, há a sensação de que os esforços adotados desde a crise internacional geraram resiliência. Uma vez ocorrido o Brexit, a volatilidade que se observou foi melhor do que o esperado. Não pior que o esperado", disse Goldfajn em entrevista no dia último dia da reunião financeira do G-20.
"A sensação é de cerca forma mais que alívio, é de algum dever cumprido porque o que foi feito deu resultado", disse, ao comentar que a reação relativamente bem comportada dos mercados reafirma a análise do G-20 que as reformas devem continuar no mesmo caminho.
Apesar dessa avaliação positiva, o presidente do BC nota que o Brexit gera novas incertezas e, sem isso, o crescimento da economia mundial poderia ser mais vigoroso. "A percepção que nós temos é que, na ausência do Brexit, teríamos um aumento das projeções de crescimento no mundo. Agora, há mais incertezas e o cenário (de crescimento) pode ficar igual ou menor no mundo", disse.
No encontro, Goldfajn destacou que há consenso no grupo que as políticas para o crescimento devem ser compostas por uma "tríade formada por política monetária, política fiscal e reformas estruturais". Usando discurso parecido com o feito pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, Ilan Goldfajn notou que a política monetária "não pode fazer todo o trabalho".
"É consenso que o esforço para a recuperação do crescimento passa pela tríade necessariamente formada pela política monetária, política fiscal e reformas estruturais", disse em entrevista no fim do encontro financeiro de dois dias na China. Após forte ação das políticas monetárias em vários países do mundo e sem espaço para política fiscal na maioria das economias, o G-20 defende fortemente que nações devem adotar reformas estruturais para terem crescimento sustentável.
Ao ser questionado sobre as afirmações do ministro chinês de Finanças, Lou Jiwei, de que diminuiu a eficácia dos remédios tradicionais usados contra a crise como corte de juro, Ilan Goldfajn explicou que há receio sobre a potência da política monetária porque muitos países desenvolvidos têm juros em um piso histórico, muito perto de zero ou até negativo. "Mas o Brexit mostrou que ainda há espaço porque os bancos centrais atuaram e houve efeito", disse.
Ao ser questionado se a tríade também se aplicava ao Brasil, o presidente do BC disse que não poderia falar por estar em período de silêncio gerado pela divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom).
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