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Economia

- Publicada em 18 de Julho de 2016 às 07:55

BC turco tem reunião de emergência, pois volatilidade continua após ação militar fracassada

Estadão Conteúdo
O primeiro dia útil após a tentativa de golpe militar na Turquia é marcada pela volatilidade no mercado. A Bolsa de Istambul perde quase 5% e a lira se recupera parcialmente do tombo visto no fim dos negócios da sexta-feira (15), quando começaram a surgir as primeiras informações sobre a tentativa de golpe.
O primeiro dia útil após a tentativa de golpe militar na Turquia é marcada pela volatilidade no mercado. A Bolsa de Istambul perde quase 5% e a lira se recupera parcialmente do tombo visto no fim dos negócios da sexta-feira (15), quando começaram a surgir as primeiras informações sobre a tentativa de golpe.
Neste domingo (17), o Banco Central da Turquia realizou reunião de emergência com bancos e afrouxou algumas condições do mercado. O Credit Suisse prevê que o juro cairá pelo menos 0,5 ponto porcentual na reunião de política monetária programada para esta terça-feira.
Investidores tentam entender as consequências da tentativa de golpe militar contra o governo Recep Tayyip Erdogan na sexta à noite. Ainda que a ação tenha sido fracassada e milhares de militares pró-golpe estejam presos, analistas demonstram preocupação com a nova fonte de instabilidade política em um país que já vinha sofrendo com ações terroristas, especialmente de grupos da vizinha Síria. Há temor que Erdogan acumule ainda mais poder, o que poderia ser entendido como uma ameaça ao normal funcionamento das instituições.
Essa preocupação explica a volatilidade do mercado financeiro turco nesta manhã. Às 6h30 (de Brasília), a Bolsa de Istambul operava com queda próxima de 5%, a maior desvalorização desde agosto de 2015. No mercado de câmbio, o dólar fechou a sexta-feira 4,8% mais caro ante a lira enquanto surgiam na tela as primeiras informações sobre a ação contra o governo. Nesta manhã, o dólar chegou a subir ligeiramente nos primeiros negócios, mas a tendência se inverteu e a moeda norte-americana estava 2% mais barata no mesmo horário, a 2,9545 lira por dólar.
No domingo, o BC turco informou que adotará sete medidas para "o funcionamento eficiente dos mercados". Entre as medidas, está o reforço da oferta de liquidez aos bancos, operações de liquidez intraday com juro zero e o afrouxamento das exigências de garantia para algumas operações no mercado aberto. Segundo o Credit Suisse, as medidas foram detalhadas pelo BC aos bancos em uma reunião emergencial realizada do domingo.
Apesar da promessa de ação do BC, o Credit Suisse nota que não está claro se a autoridade turca usará ou não as reservas internacionais para tentar conter eventual pressão sobre a moeda nacional. "Nós acreditamos que um tema chave a ser monitorado é se o BC intervirá no mercado de câmbio para conter possível depreciação da lira. Se o BC vender moeda estrangeira para conter a depreciação, isso pode ser tomado negativamente pelo mercado", citam os analistas. "É amplamente conhecido o fato de que o BC turco não tem reservas suficientes para defender a lira", explicam. Segundo o BC turco, as reservas internacionais somavam US$ 116,1 bilhões no fim de maio.
Amanhã, terça-feira, o calendário do BC turco prevê reunião de política monetária. Antes da tentativa de golpe, o Credit Suisse previa corte de 0,25 ponto para o encontro. Agora, a casa diz que aumentaram as chances de um corte de pelo menos 0,50 ponto na decisão de amanhã, para 8,50%.
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