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Economia

- Publicada em 12 de Julho de 2016 às 22:18

IGL afasta dois membros de sua diretoria

Polêmicas ficaram ainda mais evidentes com as operações Leite e Queijo Compensado

Polêmicas ficaram ainda mais evidentes com as operações Leite e Queijo Compensado


ALINA SOUZA/PALÁCIO PIRATINI/JC
Marina Schmidt
O Instituto Gaúcho do Leite (IGL) comunicou, nesta terça-feira, que rescindiu contrato com dois membros da sua diretoria: o diretor executivo, Oreno Ardêmio Heineck, e o secretário Marcelo Roesler, preso preventivamente, na semana passada, durante a 11ª Operação Leite Compensado e 4ª Operação Queijo Compensado, conduzidas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS).
O Instituto Gaúcho do Leite (IGL) comunicou, nesta terça-feira, que rescindiu contrato com dois membros da sua diretoria: o diretor executivo, Oreno Ardêmio Heineck, e o secretário Marcelo Roesler, preso preventivamente, na semana passada, durante a 11ª Operação Leite Compensado e 4ª Operação Queijo Compensado, conduzidas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS).
As investigações do MP-RS identificaram inúmeras irregularidades associadas à empresa de Roesler, a Laticínios Roesler Ltda., de São Pedro da Serra. A promotoria constatou adulteração de leite e derivados, além de comercialização irregular e supostos crimes fiscais. Além de fazer parte do IGL, Roesler integra o Conselho Administrativo da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil/RS). O IGL reporta que o secretário foi desligado por ser alvo de investigações do MP-RS.
Já no caso de Heineck, a saída foi "por opção pessoal", revela a nota enviada à imprensa. O diretor executivo vinha, há cerca de um mês, figurando como principal interlocutor do instituto em meio a polêmicas englobando sua atuação. As contrariedades com relação às ações do IGL se tornaram públicas com a saída da Fecoagro/RS do quadro de associados.
Esse fato abriu precedente para que inúmeras queixas fossem feitas, à exemplo das que criticavam o perfil de gastos do instituto. Acompanhando esses impasses, a prestação de contas da entidade evidenciou que as principais despesas do IGL nos três primeiros semestres de atuação foram com a própria estrutura. Heineck vinha confrontando essas críticas e acirrando as posições contra o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, por não encaminhar para execução empresas que estariam inadimplentes com o Fundoleite (responsável pelo repasse de verbas ao IGL).
Polo vinha respondendo às críticas, demonstrando que tem repassado os dados relativos a arrecadação do Fundo para a Receita estadual, além de justificar que há empresas depositando as contribuições em juízo. Porém, as polêmicas envolvendo Heineck além de não cessarem foram aprofundadas na semana passada, por conta das operações Leite Compensado e Queijo Compensado.
Durante as investigações que constataram irregularidades praticadas por Roesler, escutas revelaram conversas entre este e Heineck, que denotam articulação para interferir na atuação do MP-RS e para tirar Polo do cargo. Em seu comunicado, o IGL não aborda essas questões, mas indica que deverá convocar uma coletiva de imprensa na próxima semana para "comunicar os novos rumos da entidade".
 
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