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Economia

- Publicada em 11 de Julho de 2016 às 20:18

Bancos olham janela para retomar a captação de recursos no exterior

Os bancos observam a janela que se abriu desde maio aos emissores brasileiros, com a melhora do risco-país, para eventualmente voltarem a captar recursos no exterior. Após mais de um ano sem que se veja as instituições financeiras nesse mercado, os candidatos mais óbvios a uma futura emissão são, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, os bancos públicos, que estariam em situação menos confortável do que os privados em termos de capital.
Os bancos observam a janela que se abriu desde maio aos emissores brasileiros, com a melhora do risco-país, para eventualmente voltarem a captar recursos no exterior. Após mais de um ano sem que se veja as instituições financeiras nesse mercado, os candidatos mais óbvios a uma futura emissão são, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, os bancos públicos, que estariam em situação menos confortável do que os privados em termos de capital.
O Banco do Brasil (BB) já monitora o mercado. A exemplo do que vêm fazendo várias companhias, o BB concluiu, nesta segunda-feira, 11, um programa de recompra de títulos de cerca de US$ 200 milhões para melhorar o perfil de seu endividamento. No ano passado, conforme fato relevante da época, o banco recomprou mais de US$ 500 milhões.
Já os bancos, de modo geral, enxergam a oportunidade de retirar títulos subordinados que perderam o efeito de Basileia, que mede quanto um banco pode emprestar sem comprometer o seu capital, e atualmente implicam em custos com juro em dólar.
"Há a percepção de melhora de investidores internacionais sobre o quadro político no Brasil e de que o prêmio de risco do País caia bastante, aumentando o apetite por papéis brasileiros. Além disso, a oferta desses títulos está muito baixa", analisa Leandro Miranda, diretor-gerente do Bradesco BBI, em entrevista ao Broadcast.
De maio até o fim da semana passada, empresas brasileiras já levantaram US$ 13,350 bilhões com a emissão de bônus no exterior. Na quinta-feira, a Petrobras captou US$ 3 bilhões, e ainda a Suzano emitiu US$ 500 milhões em bônus no mercado internacional. Já a última captação de um banco local foi a do Itaú Unibanco, que levantou, em maio do ano passado, US$ 1 bilhão em bônus com vencimento em 2018 e retorno de 2,85%.
A Caixa Econômica Federal, conforme executivo próximo ao banco, não teria intenção de testar o apetite de investidores externos para dívida neste momento. O banco estaria concentrado apenas na abertura de capital do seu braços de seguros e previdência, a Caixa Seguridade, conforme essa fonte.
A justificativa, acrescenta ele, é o custo atual dessa operação. A abertura de capital de sua seguradora é, assim como a joint venture das loterias e da sua área de cartões, fundamental para evitar a necessidade um aporte bilionário do governo no banco público. A última vez que a Caixa emitiu no exterior foi há dois anos, quando captou US$ 500 milhões com vencimento em 2024 e US$ 1,3 bilhão com prazo de cinco anos.
Do lado dos bancos privados, o Bradesco avalia emitir dívida subordinada de nível 1 ou nível 2 ao longo dos próximos anos e, por isso, olha tanto o mercado internacional como o local, conforme informou Luiz Carlos Angelotti, diretor-gerente e de relações com investidores da instituição, durante conversa com a imprensa sobre os resultados do primeiro trimestre.
Para o diretor da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), José Eduardo Laloni, os bancos devem acessar o mercado de dívida, uma vez que é uma estratégia que faz sentido para as instituições, apesar da contração do crédito.
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