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Comércio Exterior

- Publicada em 11 de Julho de 2016 às 17:56

Exportações de calçados dão sinais de recuperação

Rio Grande do Sul foi o principal exportador no primeiro semestre

Rio Grande do Sul foi o principal exportador no primeiro semestre


ANDRÉ NETTO/ARQUIVO/JC
O incremento das exportações dos calçados brasileiros foi sentido mais fortemente no último mês do primeiro semestre. Conforme dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), em junho foram embarcados 9,3 milhões de pares por US$ 84 milhões, alta de 12,5% em volume e 7% em dólares na relação com o mesmo mês do ano passado. No comparativo com o mês de maio, a alta é ainda mais significativa, de 11% em volume e 17% em faturamento. Os calçadistas fecham o primeiro semestre do ano com 58 milhões de pares embarcados por US$ 451,47 milhões, números 3,3% superiores em volume e 2,7% inferiores em receita no comparativo com igual período de 2015.
O incremento das exportações dos calçados brasileiros foi sentido mais fortemente no último mês do primeiro semestre. Conforme dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), em junho foram embarcados 9,3 milhões de pares por US$ 84 milhões, alta de 12,5% em volume e 7% em dólares na relação com o mesmo mês do ano passado. No comparativo com o mês de maio, a alta é ainda mais significativa, de 11% em volume e 17% em faturamento. Os calçadistas fecham o primeiro semestre do ano com 58 milhões de pares embarcados por US$ 451,47 milhões, números 3,3% superiores em volume e 2,7% inferiores em receita no comparativo com igual período de 2015.
 
O presidente executivo da Abicalçados, Heitor Klein, considera cedo para falar em retomada dos embarques, especialmente levando em consideração a volatilidade cambial e o momento econômico e político conturbado pelo qual passa o Brasil. "O câmbio volátil não traz segurança para os negócios. Por vezes, é melhor um câmbio mais baixo do que flutuando diariamente da forma que está", comenta o executivo. Segundo ele, o quadro de incertezas torna impossível qualquer prognóstico até o final do ano. "No início do ano, com o dólar valorizado e chegando a casa de R$ 4,00, tínhamos uma expectativa muito mais positiva, mas que foi arrefecendo ao longo do semestre", acrescenta Klein.
 
Entre janeiro e junho, destaque para o desempenho dos Estados Unidos, que compraram 6,3 milhões de pares fabricados no Brasil por US$ 102,54 milhões, altas de 24,3% em volume e 17,4% em dólares na relação com igual período de 2015. "Desde os primeiros embarques de calçados brasileiros, no final da década de 1960, os Estados Unidos são o nosso principal mercado. A questão é que, por problemas de competitividade interna, acabamos perdendo uma fatia importante daquele mercado para o produto asiático. Hoje, com o câmbio mais favorável e a recuperação da economia estadunidense estamos gradualmente retomando o nosso caminho", comemora o executivo.
 
O segundo principal destino foi a Argentina, que importou 3,32 milhões de pares, pagando US$ 41,43 milhões (85,3% mais pares e 56,8% mais em valor no comparativo com igual período do ano passado). Para Klein, trata-se de uma resposta clara ao fim das políticas protecionistas empenhadas pela ex-presidente Cristina Kirchner, que represava os calçados brasileiros em troca da Declaração Juramentada Antecipada de Importação (DJAI) - considerado ilegal pela Organização Mundial do Comércio (OMC). "Existia uma demanda represada no mercado argentino."
 
O terceiro destino do produto brasileiro foi a França, para onde foram embarcados 4,75 milhões de pares por US$ 28,56 milhões, resultados inferiores tanto em pares (-1,7%) quanto em valores (-6,2%) na relação ao primeiro semestre do ano passado.
 
O Rio Grande do Sul seguiu como o principal exportador de calçados do Brasil no primeiro semestre, com o embarque de 13 milhões de pares por US$ 195 milhões, números superiores tanto em volume (44,6%) quanto em faturamento (11,2%) no comparativo com o período do ano passado. Com o resultado, a indústria do Rio Grande do Sul respondeu por 43% do total gerado com exportações de calçados no período.
 
O dólar elevado somado à queda na demanda interna por calçados segue inibindo as importações do produto no Brasil. No semestre, entraram no País 12,54 milhões de pares por US$ 174,7 milhões, registros inferiores tanto em volume (-35%) quanto valores (-38,3%) na relação com igual período do ano passado. As principais origens seguem sendo os países asiáticos: Vietnã (5,2 milhões de pares por US$ 94,64 milhões, 36,2% menos do que em 2015); Indonésia (2 milhões de pares por US$ 37 milhões, 49,7% menos do que em 2015); e China (4,18 milhões por US$ 21,28 milhões, 25% menos do que em 2015).
 
Em partes de calçados - cabedais, palmilhas, solados, saltos etc. - as importações chegaram a US$ 24,46 milhões no semestre, 26,2% menos do que em 2015. As principais origens foram China, Paraguai e Vietnã.
 
 

Balança comercial tem superávit de US$ 1,488 bilhão no início de julho

Rio Grande do Sul foi o principal exportador no primeiro semestre

Rio Grande do Sul foi o principal exportador no primeiro semestre


ANDRÉ NETTO/ARQUIVO/JC
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços informou ontem que a balança comercial das duas primeiras semanas de julho (de 1 a 10) registrou superávit de US$ 1,488 bilhão, resultado de exportações no valor de US$ 4,975 bilhões e importações de US$ 3,487 bilhões. No acumulado do ano, o resultado também é positivo, com superávit de US$ 25,140 bilhões, fruto de exportações de US$ 95,228 bilhões e importações de US$ 70,088 bilhões.
O resultado é reflexo das exportações, que registraram média mensal de (US$ 805,8 milhões) e alta de 2,9% ante o mesmo mês de 2015. O ministério destacou ainda o aumento nas vendas de produtos semimanufaturados ( 17,4%), de US$ 103,8 milhões para US$ 121,8 milhões - em função, principalmente, de ferro fundido, açúcar em bruto, ouro em forma semimanufaturada, óleo de soja em bruto, ferro-ligas, catodos de cobre, celulose, couros e peles - e de básicos ( 8,4%), de US$ 392,3 milhões para US$ 425,4 milhões - por conta, em especial, de petróleo em bruto, minério de cobre, farelo de soja, fumo em folhas, carne suína, soja em grãos. Houve queda nas vendas de produtos manufaturados (-8,2%), de US$ 290,8 milhões para US$ 266,9 milhões, por conta de aviões, motores e geradores elétricos, autopeças, veículos de carga, automóveis, óxidos e hidróxidos de alumínio.
As exportações subiram 8,9% na compação com junho, devido ao acréscimo nas vendas de produtos básicos ( 19,7%), de US$ 355,5 milhões para US$ 425,4 milhões, e de semimanufaturados ( 9,7%), de US$ 111,1 milhões para US$ 121,8 milhões. Houve recuo nas exportações de manufaturados (-3,7%), de US$ 277,1 milhões para US$ 266,9 milhões.
Nas importações, a média diária até a segunda semana de julho foi de US$ 581,1 milhões e ficou 17,2% abaixo da média de julho de 2015 (US$ 702 milhões). Caíram os gastos com siderúrgicos (-35,7%), automóveis e partes (-33,4%), adubos e fertilizantes (-31%), farmacêuticos (-28,2%), combustíveis e lubrificantes (-27,4%).