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Economia

- Publicada em 07 de Julho de 2016 às 18:23

Taxa de juros no cartão de crédito salta para 447% ao ano

Na apuração mensal, índice teve elevação de 15,22%

Na apuração mensal, índice teve elevação de 15,22%


VISUALHUNT/DIVULGAÇÃO/JC
A taxa média de juros cobrada no cartão de crédito saltou em junho para 447,44% ao ano, ainda no maior patamar desde outubro de 1995, segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Já os juros mensais foram de 15,22%. Em maio, o indicador era de 441,76% ao ano (15,12% ao mês).
A taxa média de juros cobrada no cartão de crédito saltou em junho para 447,44% ao ano, ainda no maior patamar desde outubro de 1995, segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Já os juros mensais foram de 15,22%. Em maio, o indicador era de 441,76% ao ano (15,12% ao mês).
Segundo a Anefac, as altas podem ser atribuídas a alguns fatores, como o cenário macroeconômico que aumenta o risco de elevação da inadimplência. "Este cenário se baseia no fato dos índices de inflação mais elevados, aumento de impostos e juros maiores reduzirem a renda das famílias. Agregado a isto a recessão econômica, que deve promover o crescimento dos índices de desemprego", diz o diretor executivo de estudos da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira. "O futuro é um pouco incerto. Como existe a expectativa de que o Banco Central (BC) possa vir a reduzir a taxa básica de juros (Selic), nos próximos meses, este fato pode contribuir para a redução das taxas de juros das operações de crédito", acrescenta.
A previsão é que a inadimplência só recue a partir de 2018. Antes, esperava-se que os calotes começassem a diminuir no ano que vem. Atualmente, cerca de 60 milhões de pessoas estão com o nome sujo no País, de acordo com dados da empresa de informações financeiras Serasa Experian.
No cheque especial, os juros passaram de 270,82% em maio para 286,27% em junho, nível mais elevado desde abril de 1999. Ao mês, a taxa foi elevada de 11,54% para 11,92%. Os juros médios para pessoa física subiram para 8,06% em junho, o maior patamar desde setembro de 2003. Das seis linhas de crédito pesquisadas pela Anefac, cinco tiveram aumentos nos juros em junho. Apenas financiamento de veículos registrou queda.
A Anefac lembra que, considerando todas as elevações da Selic promovidas pelo Banco Central desde março de 2013, houve aumento de 7,00 pontos percentuais (ou alta de 96,55%) na taxa básica de juros, para o nível atual de 14,25%. No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou elevação de 65,53 pontos percentuais ( 74,49%).
Já na pessoa jurídica, houve elevação de 28,56 pontos percentuais ( 65,53%). Os juros médios cobrados de empresas registraram alta em junho, passando para 4,63% ao mês (ou 72,14% ao ano). As três linhas de crédito analisadas tiveram juros maiores. No capital de giro, os juros subiram de 2,69% ao mês em maio para 2,70% em junho. Já a taxa de desconto de duplicatas avançou para 3,15% ao mês. A conta garantida passou de 8,03% ao mês em maio para 8,05% ao mês em junho.
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