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Conjuntura Internacional

- Publicada em 06 de Julho de 2016 às 18:53

Ata do Fed mostra os dirigentes divididos sobre aumentar juros

Federal Reserve manifestou preocupação com Reino Unido

Federal Reserve manifestou preocupação com Reino Unido


KAREN BLEIER/AFP/JC
A ata da reunião de política monetária de junho do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) mostra dirigentes divididos sobre as perspectivas econômicas e sobre quais serão os próximos passos da política de juros. Após sinalizar em abril e maio que poderiam estar prontos para elevar os juros nos próximos meses, as autoridades mostraram opiniões diferentes sobre a saúde do mercado de trabalho, a perspectiva para o crescimento, os riscos à economia e à trajetória da inflação.
A ata da reunião de política monetária de junho do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) mostra dirigentes divididos sobre as perspectivas econômicas e sobre quais serão os próximos passos da política de juros. Após sinalizar em abril e maio que poderiam estar prontos para elevar os juros nos próximos meses, as autoridades mostraram opiniões diferentes sobre a saúde do mercado de trabalho, a perspectiva para o crescimento, os riscos à economia e à trajetória da inflação.
Em meio a essas divisões, os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) concordaram ser "prudente esperar" novos dados econômicos antes de decidir como proceder. Entre as preocupações, estava a votação no Reino Unido, que aconteceu uma semana após a reunião de junho. O voto pela saída, que causou volatilidade no mercado e fortaleceu o dólar, deve ter feitos os dirigentes ficarem ainda mais cautelosos quanto a uma nova alta nos juros.
"A maioria dos participantes julgou que, na ausência de choques econômicos ou financeiros significativos, a elevação dos juros seria apropriado se novos dados confirmassem que o crescimento econômico acelerou, que os ganhos nos empregos continuou em um ritmo suficiente para atingir a meta de pleno emprego e que a inflação deve voltar à meta de 2% no médio prazo", afirma o documento.
Apesar do consenso inicial, as autoridades discordaram em diversos assuntos. Para muitos, as condições atuais pedem que o Fed aja logo para não arriscar causar uma instabilidade financeira ou ainda ultrapassar a meta de inflação de 2%.
Outros gostariam de ter "evidências suficientes" de um avanço sustentável da inflação para confirmar que a economia pode suportar uma nova alta de juros. Diversos membros notaram riscos negativos à perspectiva, incluindo a possibilidade de que a fraca geração de emprego em maio e a debilidade dos investimentos das empresas podem ser o prenúncio de uma desaceleração econômica.

Sexto fundo imobiliário suspende resgate de cotas após efeito Brexit

O Canada Life se tornou, nesta quarta-feira, a sexta empresa financeira a suspender as operações de seu fundo de investimento imobiliário para conter os resgates de cotas que têm ocorrido após a saída britânica da União Europeia (Brexit).
A empresa canadense justificou sua decisão pela "incerteza de seus ativos imobiliários e o aumento recente dos pedidos de resgate" após a saída do Reino Unido da UE em plebiscito realizado em 23 de junho.
Antes do Canada Life, outras cinco empresas tomaram a mesma decisão: Columbia Threadneed, Henderson Global Investors, M&G, Aviva Investors e Standard Life. Elas decidiram congelar os resgates em um contexto de queda das ações das empresas imobiliários na bolsa de Londres.
Os fundos suspensos administram bilhões de libras e estão sendo afetados pelo temor de uma desaceleração na construção civil após anos de expansão, sobretudo em Londres. A demanda estrangeira é um dos fatores que explicaram o enorme crescimento. Os fundos vistos como mais propensos a restringir resgates são os abertos a investidores de varejo, que podem exigir seu dinheiro de volta com aviso prévio curto.