Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

IMPOSTOS

- Publicada em 06 de Julho de 2016 às 18:09

Brasileiros apoiam que os ricos paguem mais tributos

Incidência de impostos sobre o consumo onera quem recebe menos

Incidência de impostos sobre o consumo onera quem recebe menos


SANDY HUFFAKER/GETTY IMAGES/AFP/JC
Uma pesquisa do instituto Ipsos para a ACSP (Associação Comercial de São Paulo) mostra que três em cada quatro brasileiros (77%) consideram justo cobrança maior de impostos para quem tem salários maiores e menos tributos para quem tem salários menores. Quanto menor a renda do entrevistado, mais difundida é essa percepção. Nas classes AB, 68% consideram essa lógica justa. Esse número cresce para 80% quando o entrevistado pertence à classe C e para 82% entre as pessoas da classe DE.
Uma pesquisa do instituto Ipsos para a ACSP (Associação Comercial de São Paulo) mostra que três em cada quatro brasileiros (77%) consideram justo cobrança maior de impostos para quem tem salários maiores e menos tributos para quem tem salários menores. Quanto menor a renda do entrevistado, mais difundida é essa percepção. Nas classes AB, 68% consideram essa lógica justa. Esse número cresce para 80% quando o entrevistado pertence à classe C e para 82% entre as pessoas da classe DE.
O Brasil tem, de certa forma, imposto maior para os mais ricos, via tabela progressiva do Imposto de Renda. Mas o País também cobra imposto no consumo, que pesa proporcionalmente mais na renda dos mais pobres.
Apesar de defenderem mais impostos aos mais ricos, 88% acham que se cobra muitos impostos no Brasil e que o dinheiro acaba não sendo investido em melhoria de escolas, hospitais e estradas. Essa insatisfação é maior na região Norte (95%) e Sul (93%).
Os dados fazem parte da pesquisa Pulso Brasil, do instituto Ipsos, que entrevistou 1.200 pessoas em 72 cidades nas cinco regiões brasileiras. Em maio, esse monitoramento investigou a opinião dos brasileiros sobre os impostos.
"Abordamos o tema nesta pesquisa por causa do atual debate sobre aumento de impostos. E o que constatamos é que os brasileiros não percebem retorno nos impostos que pagam", diz Danilo Cersosimo, responsável pela pesquisa no Ipsos.
Na terça-feira, quando questionado sobre um possível aumento de impostos, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o governo "está considerando" a questão. Ele disse que o governo divulgaria as "conclusões" sobre isso ainda nesta semana.
Uma das principais queixas de 85% dos entrevistados é que, mesmo já pagando os impostos, é preciso ainda pagar plano de saúde privado, escola particular, segurança do condomínio, entre outros gastos. Isso porque a qualidade do serviço público é ruim.
Segundo Marcel Solimeo, diretor do Instituto de Economia da ACSP, essa sensação de que o dinheiro arrecadado não é bem aplicado pelos governos é um dos fatores que dificulta os aumentos dos impostos no País.
"Isso mostra que os brasileiros estão mais conscientes de que o contribuinte. Essa má utilização dos recursos faz pressupor que mais impostos não resolveria. Isso dificulta a ideia de se criar mais impostos", afirma.
Entre as perguntas feitas em todas as regiões do País estava a possibilidade de volta da CPMF para aumentar a arrecadação do governo. Dos pesquisados, 74% já ouviram falar do tributo, 25% desconhecem e apenas 1% não sabe ou não respondeu.
Do total dos entrevistados, 79% foram contra a volta da cobrança do imposto. Somente 9% se mostraram favoráveis. Os demais não souberam responder.

CCJ do Senado adia para terça-feira votação da PEC da DRU

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU), foi retirada da pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado ontem, a pedido do relator da matéria, senador José Maranhão (PMDB-PB). A comissão deve deliberar sobre o assunto na próxima terça-feira.
A proposta é prioridade para o presidente interino Michel Temer e já passou pela Câmara dos Deputados. Se aprovada no Senado, o governo poderá realocar 30% das receitas obtidas com taxas e contribuições que hoje têm aplicação específica definida em lei.