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Mercado de Capitais

- Publicada em 05 de Julho de 2016 às 20:12

Dólar sobe pelo 3º dia com temor sobre Brexit

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As preocupações em torno das consequências da separação do Reino Unido da União Europeia sustentaram a alta do dólar, que subiu ontem pela terceira sessão consecutiva ante o real. Dois fatores incomodam os investidores globais em razão da esperada desaceleração econômica na Europa: a saúde dos bancos na região, sobretudo os italianos, e um movimento de fuga de capitais de fundos no Reino Unido.
As preocupações em torno das consequências da separação do Reino Unido da União Europeia sustentaram a alta do dólar, que subiu ontem pela terceira sessão consecutiva ante o real. Dois fatores incomodam os investidores globais em razão da esperada desaceleração econômica na Europa: a saúde dos bancos na região, sobretudo os italianos, e um movimento de fuga de capitais de fundos no Reino Unido.
O dólar à vista fechou em alta de 1,11% aos R$ 3,302. Em três dias, a alta acumulada chega a 2,87%. O giro à vista registrado na clearing de câmbio da BM&FBovespa estava em
US$ 702,284 milhões, mantendo-se abaixo da média diária, na volta do feriado norte-americano do Dia da Independência. No mercado futuro, o contrato de dólar para agosto terminou com avanço de 0,97%, aos R$ 3,3295, com volume negociado de
US$ 12,287 bilhões.
No Brasil, as perspectivas de novas atuações do Banco Central (BC), após o terceiro leilão de swap cambial reverso ontem, também apoiaram o viés positivo do dólar, de acordo com profissionais de câmbio. O Banco Central ainda possui US$ 60,635 bilhões em contratos de swap cambial tradicional, que podem ser revertidos para evitar um enfraquecimento do dólar.
Depois de uma sequência de cinco altas consecutivas, a Bovespa sucumbiu diante do mau humor do mercado internacional e fechou em queda de 1,38%, aos 51.842 pontos. A realização dos lucros recentes teve como principal detonador o retorno das preocupações com a saída do Reino Unido da União Europeia. Temerosos quanto aos efeitos negativos do Brexit na economia europeia e global, investidores migraram para ativos seguros, como o dólar e os Treasuries, títulos do Tesouro americano. A queda dos preços do petróleo e as incertezas com o cenário brasileiro também contribuíram para a correção nos preços das ações.
O petróleo foi importante variável nesta sessão de negócios. A commodity caiu 4,88% no vencimento de agosto da Nymex e 4,27% no vencimento de setembro da ICE. Além da aversão ao risco, o petróleo também reagiu ao aumento de estoques nos Estados Unidos. Como consequência, as ações da Petrobras estiveram entre as maiores quedas do Ibovespa durante todo o pregão. No fechamento, Petrobras ON e PN computaram perdas de 5,66% (ON) e de 5,88% (PN).

Captação líquida de fundos soma R$ 38,1 bilhões no ano

A captação líquida da indústria de fundos de investimento no acumulado do ano até junho somou R$ 38,1 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O número representa aumento de 29,6% em relação ao visto um ano antes. Segundo a Anbima, os fundos de renda fixa e previdência seguem liderando as captações este ano.
"Com maior atratividade em 2016, captação líquida dos fundos de investimentos superam a dos últimos dois anos", de acordo com apresentação divulgada há pouco pela Anbima.
Para o vice-presidente da Anbima, Carlos Ambrósio, o processo de recuperação da indústria de fundos observada na primeira metade do ano deve continuar no segundo semestre. Segundo ele, hoje ainda há uma tendência de os investidores adotarem uma postura conservadora, levando à escolha de fundos de liquidez mais curta.
"A concentração ainda está muito grande em fundos conservadores, mas com um cenário mais claro poderemos observar um aumento da disposição (dos investidores) para começarem a fazer alocações mais estratégicas", observa. Segundo ele, esse fluxo de entrada de investimento mais estratégico e de mais longo prazo deverá começar com os fundos de renda fixa de maior duração, passando para os multimercados e, por último, para os fundos de ações. "Na bolsa há volatilidade e isso sempre gera resistência na alocação", disse. Ambrósio destaca que uma mudança do perfil desses investimentos ainda necessita de uma maior clareza do cenário no Brasil.